Mas… porquê o espanto?

Se a isso juntarmos aqueles dias nos quais todos os canais televisivos põem os treinadores de futebol, os actuais arautos da nação, a debitar, juntamente com o Ventura, sound bites a um ritmo de zumba e fitdance…

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  • 15:42 | Domingo, 29 de Dezembro de 2024
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Um estudo feito pela RTP sobre os nomes mais pesquisados no motor de busca da Google em 2024 deram o seguinte resultado:

1º lugar José Castelo Branco, companheiro de Betty Grafstein;

2º lugar a idosa companheira do atrás citado, nascida em Londres em 1928;


3º lugar Kate Middleton, princesa de Gales, casada com o príncipe William.

Naturalmente que os portugueses têm todo o direito aos seus gostos pessoais, às suas curiosidades, aos seus interesses. Porém, esta pontuação remete-nos para uma futilidade, uma frivolidade e uma vulgaridade quase preocupante, mais realçando a mediana cultural de quem faz da banalidade afligimento e inquietação.

Os OCS sabem disso e, para terem boas quotas de audiência centram-se nessa mediocridade e servem “à la carte” o alimento que os espectadores e leitores querem degustar.

Se a isso juntarmos aqueles dias nos quais todos os canais televisivos põem os treinadores de futebol, os actuais arautos da nação, a debitar, juntamente com o Ventura, sound bites a um ritmo de zumba e fitdance… e no anterior pressuposta de que se serve o que se consome, ficamos esclarecidos acerca das verdadeiras motivações que movem este brando, moderado e fofo povo lusíada.

É claro que desta frouxidão, deste pacífico alheamento e desatenção, tiram os políticos mais sabichões as linhas mestras da sua comunicação, às quais juntam a consabida certeza de que a efemeridade da notícia – duração máxima de uma semana – se apropria da relevância do escândalo para poder consumir a celeuma e o escarcéu da semana seguinte.

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Publicado em Editorial