“O plural de sacristão é sacristães segundo Lindley Cintra. Mas há outros autores, como os do Grupo de Linguagem Natural do INESC), ou o Houaiss, que admitem o plural duplo sacristãos/sacristães. Além disso, sendo um composto de cristão, que tem o plural cristãos e o feminino cristã, julgo que tem todo o sentido ser sacristãos e sacristã, embora se admita sacristães por uma certa tradição popular.”
A Expovis já “era”.
Depois de agitadas controvérsias, entre elas algumas com o Tribunal de Contas; um quase processo de insolvência; o afastamento do ex-director executivo e ex-vereador da Cultura da CMV, José Moreira; a tentativa baldada de encontrar novo dono; as contas por acertar da AIRV, enquanto sócia, à Expovis… veio agora ressurgir das cinzas com a nova designação de “Viseu Marca – Associação de Cultura, Eventos e Promoção”, ganhando um novo fôlego e perspectivas de grandiosos voos (aliás é conhecida a grande simpatia da edilidade pelo “espaço aéreo”).
Mas ganhou também uma direcção de alto luxo e enorme gabarito: João Cota, o presidente de quase tudo, o homem da comunicação social, do IPV, da Controlvet, do CERV, da AIRV e etc. e tal é o novíssimo presidente da direcção por mando de Almeida Henriques e o seu director executivo é o grande Jorge Sobrado, ex-adjunto-de-qualquer-coisa quando Almeida Henriques foi secretário de Estado, ex-assessor da AR, actual adjunto do presidente da CM Viseu e responsável pela comunicação do município, ex-jornalista de firmadíssimos méritos na imprensa nacional e local e etc. e tal. Será ele o “big boss” da coisa, a Marca Viseu, que substituirá a moribunda Expovis.
O que é que isto tem a ver com sacristães/sacristãos? Absolutamente nada. Mas como comecei este editorial noutro dia e desta maneira, achei por bem dar-lhe continuidade para dissipar uma dúvida linguística que preocupa muitos falantes da língua portuguesa, no momento de fazer certos plurais.
Já em Março de 2014, na sequência da ainda oposição da vereação do CDS/PP e da apresentação de um requerimento a pedir esclarecimentos ao executivo, o Rua Direita publicou a peça que aqui se deixa:
Não queremos deixar de nos congratular com o desfecho desta polémica empresa, na certeza de que e agora foi depositada nas mãos experientes e hábeis de dois gestores de imensa competência e de grandes provas dadas por todo o lado onde passaram e onde deixaram o seu imparável e incomparável dígito e cunho de inovação, pioneirismo, mais-valia institucional, consenso, riqueza, desinteresse, espírito de missão e profundíssima dedicação/devoção à causa pública.
Aqui deixamos pois os nossos parabéns ao senhor presidente da CMV pela sua imensa clarividência e a João Cota e Jorge Sobrado os votos de uma nova carreira de êxito nesta novel senda das suas ricas vidas profissionais, na “presciência” de que a experiência ganha ao serviço da comunicação social, quer enquanto administrador, quer enquanto jornalista, respectivamente, será uma potencial riqueza para a Cultura local, para os milhentos Eventos do porvir e para a Promoção, para a Promoção, para a Promoção… (desculpem-me os leitores, mas por vezes o meu antiquíssimo teclado encrava).