José Mota Faria acaba de tornar pública uma convocatória da Assembleia Municipal a que preside para uma sessão ordinária daquele órgão, a realizar no dia 26 de Fevereiro do corrente.
Na Ordem de Trabalhos pode ler-se:
Ponto 5 – Apreciação e votação da proposta de contratação de empréstimo para o financiamento da contrapartida nacional da operação Portugal 2020 (…) Revitalização do Mercado 2 de Maio.
Ponto 6 – Apreciação e votação da proposta de contratação de empréstimo para o financiamento da contrapartida nacional da operação Portugal 2020 (…) Unidade de Saúde Familiar “Casa das Bocas”.
Ponto 7 – Apreciação e votação da proposta de contratação de empréstimo para o financiamento da contrapartida nacional da operação Portugal 2020 (…) Centro de Operações para a mobilidade Viseu.
Ou seja, 7 anos e meio depois de ter tomado posse, Almeida Henriques, gastos mais de 600 milhões de euros sem obra que se visse, vem agora, uma vez mais, endividar-se à banca para, a 7 meses de eleições, conseguir mostrar alguma coisinha que se veja.
Tanto mais estranho quanto o seu antecessor Fernando Ruas deixou o município com desafogo financeiro, o qual, após ter sido “anulado”, tem obrigado recorrentemente ao endividamento presente e futuro à banca, empréstimos estes que comprometerão e limitarão os autarcas vindouros na sua acção durante mais de duas décadas.
Isto e não obstante a venda, entre outras, de espaços públicos de Viseu a um grupo espanhol, para e por várias décadas serem os cobradores aos utentes do estacionamento pago. Este mero exemplo serve para percebermos o que se aliena aos privados (tão apreciados), para penalização dos munícipes viseenses, a troco de uns euros para a procissão sair do adro.
José Mota Faria vai levar a apreciação e votação. Nada de novo. A apreciação, por mais que os deputados da oposição critiquem estas propostas, a nada leva além da política de facto consumado, uma espécie de faz de conta para cumprir as normas. Quanto à votação, o costume, a maioria do PSD vota com o “patrão”, tão culpada sendo do endividamento da Câmara quanto o executivo que o propõe.