Cometer um lapso significa “que incorreu em erro; significa culpado por falta que se comete, falando ou escrevendo, por inadvertência, descuido ou falha de memória”. A palavra lapso vem do latim lāpsus,a,um, e queria dizer escorregar, desequilibrar-se, escapar-se (das mãos de)”.
Temos governantes a cometer muitos lapsos. Eles assim o dizem, com João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto – sector no qual nunca houve tanta turbulência e tanta falta de actuação diplomática e conciliadora ou firme – a referir tratar-se de “um lapso” a sua acumulação do cargo governativo com a actividade empresarial agricultor produtor de mirtilos.
Consabidamente, desde há tempos imemoriais, que errare humanum est. Todavia, se um governante da res publica é assim atreito a lapsos, faltas, enganos ou erros em assuntos do seu foro privado, como ter a certeza de que não os comete na sua praxis governativa? E de que esses erros ou faltas não poderão ser danosos para a imagem do governo que integra ou para o país que co-governa?
E porque não aconselhar-se mais com o cauto e sapiente Filipe Pais, seu chefe de gabinete e ex-chefe de gabinete do presidente da autarquia mangualdense? Não está lá também para isso?
(Imagem DR Diário de Viseu, com a nossa vénia)