João Paulo Rebelo de derrota em derrota

De seguro se evidenciou que João Paulo Rebelo tem sido um elemento fulcral para o descrédito do PS e para a sua divisão distrital.

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  • 14:05 | Domingo, 13 de Setembro de 2020
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Decorreu ontem o XIXº Congresso Federativo do PS Viseu.

António Costa, com cuja presença se contava, face aos crescentes números da pandemia, decidiu, e bem, não vir a Viseu.

A organização, que inicialmente previa um número aproximado de mais de duas centenas de socialistas, cingiu-se sensatamente a um figurino presencial de segurança, no respeito pelas normas profilácticas em vigor.


Estando em oposição as listas A e B para eleição dos membros da comissão política da federação, da comissão de jurisdição e da comissão fiscalizadora económica e financeira, a lista A encabeçada pelo actual presidente da Federação, José Rui Cruz, derrotou em toda a linha a lista B, que tinha à cabeça João Paulo Rebelo.

João Paulo Rebelo tem neste ano de 2020 poucos motivos para estar satisfeito com a sua costumeira boa estrela, aquela que ilumina os ungidos do Senhor.

O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, que tem sido alvo de muitas críticas na sua actuação, por parte de clubes de futebol, dirigentes e claques associativas, enquanto coordenador regional do Centro da Covid19, viu-se envolvido no escândalo do aconselhamento de uma empresa de um seu ex-sócio, João Cotta, para a aquisição de testes epidemiológicos, concretizada para já com um contrato de meio milhão de euros feito com o CHTV, tendo sido de seguida liminarmente derrotado na eleição para presidente da Federação do PS Viseu, perdendo para o deputado João Rui Cruz.

Denodado na luta pela sua sobrevivência política – há que preservar o pão nosso de cada dia, e não se lhe conhecendo “profissão” fora destes corredores… – apresentou-se democraticamente e em força neste XIXº Congresso, num frenético esbracejar, tentando reunir os cacos da escaqueirada baixela, para marcar uma posição contra José Rui Cruz e seus apoiantes.

Não o conseguiu, tendo sido derrotado em toda a linha, num espectáculo de onde, com frequência, a moderação e a educação não saíram abonadas.

Os vídeos que circularam são disso cabal evidência, mostrando um orquestrado derradeiro desespero, no intuito de inverter resultados, coroado com um fracasso total.

De seguro se evidenciou que João Paulo Rebelo tem sido um elemento fulcral para o descrédito do PS e para a sua divisão distrital.

Como Luís XIV, perante os parlamentares parisienses, em 1655, entenderá, absoluto, que “L’État c’est moi”. Porém, vai distante o que ele entende da realidade concreta no terreno. E essa realidade concreta, afirma de forma inquestionável que João Paulo Rebelo está desacreditado e com o prazo de validade esgotado.

 

(Foto DR)

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Publicado em Editorial