Em Portugal já começou a corrida às máscaras de protecção. Ao questionar hoje dois empresários ligados ao comércio de produtos descartáveis para ipss’s e hospitais se tinham máscaras em stock, obtivemos as seguintes respostas:
“Houve efectivamente uma corrida a estes produtos, embora haja limitações de distribuição determinadas pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, visando evitar a acumulação e monopolização de stocks.”
“Se tivesse um milhão… estavam todas vendidas!”
Ou seja, ninguém consegue já evitar o alarme sobre o Coronavírus que poderá correr o risco de se tornar uma pandemia. E o que é uma pandemia? É uma “epidemia de doença infecciosa que se espalha entre a população localizada numa grande região geográfica, num continente, ou mesmo no Planeta Terra”.
Em 2019, o Fórum Económico Mundial, após um simulacro de vírus deixou o aviso de que um possível coronavírus vitimaria 65 milhões de habitantes do planeta.
A simulação durou três horas e meia e no final estimava-se que durante um surto global deste género, com duração de 18 meses, morreriam 65 milhões de pessoas em todo o mundo.
Segundo as notícias à época publicadas, o Event 201 Pandemic Exercise, presumivelmente, referia:
“No cenário imaginado, o novo coronavírus, designado CAPS, tinha origem em morcegos e começava por infetar porcos acabando por contaminar agricultores no Brasil. O vírus transmitiu-se depois entre humanos, lentamente numa primeira fase, mas depressa se espalhou em cidades densamente habitadas por pessoas com baixos rendimentos. Os países com mais ligações aéreas ao Brasil foram os primeiros afectados, incluindo Portugal, Estados Unidos e China, e eventualmente todos os países do mundo registaram casos. Durante os primeiros meses o número de contágios duplicou a cada semana e só depois de um ano foi descoberta uma vacina, altura em que o surto começou a abrandar.”
Após esta conclusão foram elencadas sete lições a tirar deste mero exercício de simulação (muito premonitório, convenhamos…):
Os Governos, as organizações internacionais e as empresas privadas devem planear, preventivamente, as capacidades corporativas essenciais que seriam usadas durante uma pandemia de larga escala;
A indústria, os Governos e as organizações internacionais devem trabalhar juntos para reforçar os stocks de material médico e permitir uma distribuição rápida e equitativa;
Os governos devem fornecer recursos e apoio ao desenvolvimento de vacinas, terapias e diagnósticos;
Os negócios globais devem reconhecer o risco de uma epidemia global para a economia mundial e trabalhar na prevenção;
Também as organizações internacionais devem dar prioridade à redução dos impactos económicos de epidemias e pandemias;
Os vários países, organizações internacionais e empresas de transporte global devem trabalhar juntas para assegurar as viagens e o comércio mesmo durante uma pandemia grave. A manutenção do funcionamento comércio é essencial para a preservação das economias global, nacionais e até locais;
O combate à desinformação tem de ser uma prioridade dos Governos.”
Perante a viralização desta previsão, o Centro para a Segurança de Saúde sentiu-se na necessidade de vir esclarecer que o Evento 201 era “um exercício multimédia de pandemia do qual participaram líderes governamentais, da política, de saúde pública e empresas globais que pertencem a indústrias-chave na resposta a pandemias e para que as economias e as sociedades se mantenham activas durante um surto intercontinental grave e de transmissão rápida”.
E mais tarde acrescentou “O Centro para a Segurança de Saúde e seus sócios não fizeram uma previsão durante o exercício de simulação. Para o cenário, desenhámos um modelo de pandemia de coronavírus fictício, mas declarámos explicitamente que não se tratava de uma previsão”, descartando a ideia de haver qualquer eventual ligação com o actual coronavírus: “Embora o nosso exercício de simulação incluísse um novo coronavírus simulado, as entradas que usamos para modelar o impacto potencial desse vírus fictício não são similares às do 2019-nCoV”.
De concreto se disse que nessa simulação, feita pela Johns Hopkins Center for Health Security, o Fórum Econômico Mundial e a Fundação Bill and Melinda Gates…
Morreram 65 milhões de pessoas num período de 18 meses devido à propagação de um coronavírus contagioso e totalmente fictício.
Que nela participaram efectivamente especialistas em saúde da ONU e do Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos. Também participaram executivos de empresas privadas e académicos.
E como conclusão acrescentava-se que “o coronavírus da simulação nada tinha a ver com o coronavírus que surgiu na China e agora se expande pelo mundo. Enquanto a doença real segue de origem desconhecida, a variante fictícia do coronavírus teve origem em porcos no Brasil.”
Hoje, as notícias que diariamente recebemos não deixam ninguém confortável. Todos esperamos que se verifiquem as mais optimistas versões do real impacto deste surto epidémico, pois, além das vítimas mortais constatadas, o efeito na economia mundial é já uma pessimista realidade.
A título de mero exemplo, um empresário nortenho da área dos têxteis confessava-nos que num prazo de pouco mais de uma semana tinha visto anuladas três encomendas da China e duas da Itália. Itália, aliás, de onde vem a maior quantidade de fios de qualidade usados pelas empresas de têxteis, que agora estão sem resposta, também elas, para as necessidades de matéria-prima.
Recorde-se que a população da China é actualmente de 1,386 biliões de habitantes estando a população mundial estimada em 7,7 biliões (Abril de 2019).