Não sou eu que o digo mas di-lo o escrito de um grafiteiro a “embelezar” uma vetusta parede numa via de acesso ao centro histórico, pelos séculos e vicissitudes mais escaiolada que pela brancura da cal.
Nada que não ignorássemos estar nos intentos da CMV. “No vinho está a verdade” é ex-libris báquico e dionisíaco que Viseu, a Melhor Cidade, adoptou como seu. Caio Plínio Cecílio Segundo dixit (fui ver à Wikipédia…) e Almeida Henriques parafraseou.
Tiramos-lhe o chapéu, como tirámos a Confraria dos Infantes do Dão e continuamos a tirar a todas as festarolices onde o precioso néctar é tão apreciado e consumido.
Aqui, não há pão e circo, mas quase se podia afirmar haver pinga e festança.
Está a Senhora Câmara de parabéns pela estimável opção e desusada imaginação..
Mas a verdade não estará também à evidente vista do presidente, vereadores, técnicos superiores responsáveis, Senhora Junta e etc. e tal, no que toca ao lixo, no que toca aos matagais urbanos, no que toca à incúria a que estão votados muitos monumentos, muitas infra estruturas públicas de lazer, muitos acessos pedonais… ? É um ror sem quase fim.
Esta dualidade, esta aparente falta de critério, estes sucessivos “inconseguimentos” são bem o paradigma de um executivo preocupado com o luzir da parada, que o mesmo é dizer, com o que está bem à vista de todos, não logrando deitar olho para um todo, de igual forma tratado e do mesmo condigno modo encarado.
Porém, este tipo de actuação, longe de nos surpreender apenas vem consubstanciar a ideia que este executivo passa, persistente e empenhadamente, de si próprio: um fogo faralho centrado no mediático, de essência duvidosa e com eficácia equívoca para os munícipes .
Contudo, não deixam de fazer os “trabalhinhos” quando alguém os lembra. Talvez por isso, ontem, a cerca junto à circular próxima da rotunda do McDonalds, para cujo perigo alertámos, já estivesse reparada. Hoje, o lixo da Fonte de S. Francisco, que aqui lembrámos, trazia lá, de vassoura em riste, um dos muitos “almeidas” camarários.
Já não é mau reconhecerem as insuficiências, como o fizeram com os veículos abandonados na via pública, embora, após uma acção de “holofote” do dizer-que-faço mais que o fazer, tenham, de novo, caído no esquecimento. É sazonal…
Pedagogicamente e porque gostamos de ensinar, as Senhoras Câmara e Junta (também lá havia ex-professores) podem sempre contar com a acção cívica e gratuita da Rua Direita.
Ainda aqui temos dois centos de fotografias para uma artística exposição no IPJ, se assim o desejarem.