Uma guerra é sempre algo de apocalíptico, e em maior ou menor grau, representa sempre o falhanço do diálogo, da diplomacia e a negação do bom senso e do respeito pelo(s) outro)s).
A guerra desencadeada a 7 de Outubro pelo Hamas contra civis israelitas e contra o Estado de Israel é algo de profundamente repugnante à luz dos princípios democráticos em que vivemos e nos quais fomos educados.
A resposta de Israel e a aniquilação de civis inocentes usados como escudos humanos pelo Hamas, na sua imparável violência e crueza, deixa qualquer decente ser humano horrorizado.
Em termos mediáticos, com toda a frieza, é uma guerra ressessa, uma guerra que já não está fresca, já não desperta emoções e reações, que esgotou as novidades e os seus horrores, trivializando-se, banalizando-se, tornando-se um “fait-divers” desinteressante.
É evidente que esta catalogação entre fresca e ressessa, interessante e desinteressante, é um perfeito absurdo à luz do politicamente correto. Mas que existe afinal de politicamente correto numa guerra, por maiores que sejam as invocadas razões dos agressores e dos agredidos?
Este mundo global tornou-se um espelho sinistro e polifacetado que reflete perspectivas e visões estranhamente deformadas da Verdade. Mas, de facto, a Verdade ainda existirá na atualidade? Ou a Verdade é aquilo que os todo-poderosos nos impingem a seu bel-gosto, quotidianamente e segundo os seus mais pérfidos intentos?
(Imagens DR)