O Gabriel Costa é um penalvense dos sete costados. Foi presidente da autarquia local em dois mandatos, de 1980/85 e de 1994/99. Empresário e homem com vasta experiência, foi um dos percursores-dinamizadores de muitas das instituições de referência do distrito, da região centro e até do país. Por exemplo, foi fundador da AIRV e da ANMP, da AIRC, integrou a direcção do CEC, foi director do Business Inovation Center, fundador e presidente da ADD, do FESAB, etc., etc., etc.
É também um ser humano culto, devotado à família e aos seus amigos, com uma abrangente e global visão social e do mundo de hoje.
Foi com prazer que o soube novamente candidato à Câmara da sua terra natal, ciente de que o “bichinho” autárquico ainda bulia nele.
Congregou o apoio de uma interessante coligação formada pelo PSD, pelo CDS-PP e pelo PPM. Cheio de energia e vitalidade, está consciente de que Penalva do Castelo carece de uma nova visão e de um impulso renovado.
Digno de nota, porém, é a hombridade que demonstrou ao escrever uma prévia carta ao actual presidente, Francisco Carvalho (PS), alertando-o da sua candidatura. Pedi-lhe uma cópia e autorização para transcrever dela alguns parágrafos, pelo testemunho de cultura democrática que transmite e exemplo que enferma. Aqui ficam…
“Caro Francisco
Chegou a hora de tomar uma opção em relação às eleições autárquicas que decorrerão em Outubro deste ano. Entendo que a melhor forma de relacionamento entre Amigos, é fazer com que as coisas sejam claras, directas, simples e frontais. A amizade a isso obriga e, quem assim não entender, não percebe o valor e o mérito de um são convívio entre as pessoas.
Eu, tu e mais uma infinidade de penalvenses, estamos interessados no desenvolvimento do concelho.
(…)
Conhecemo-nos desde miúdos, somos amigos, lutámos lado a lado pela terra em que nascemos e sofremos o mesmo destino por decisão popular. Mas, nada nos demoveu daquilo em que acreditamos: é possível e necessário fazer do nosso concelho uma terra melhor, mais próspera, mais bonita e mais feliz. Nada deverá alterar a nossa amizade, a cumplicidade de tantos anos e das lutas que já travámos em prol da nossa terra. Seremos dois a puxar para o mesmo lado, cabendo ao povo decidir a quem confiará os destinos do concelho nos próximos 4 anos. A diferença entre nós é a da forma. Separam-nos diferentes formas de estar, gerir, promover, defender e responder aos anseios dos penalvenses.
(…)
Desta vez, Francisco, encontrar-nos-emos em posições diferentes, mas do mesmo lado da barricada a lutar contra o imobilismo económico do concelho, contra a desertificação, contra a pobreza e ignorância, contra o despesismo e o favorecimento político.
(…)
Da tua parte, porque te conheço, sei que posso esperar lisura, respeito e nobreza na troca de ideias que se avizinha. Da minha, terás tudo isso e uma amizade inabalável acrescida. Os amigos quando têm opiniões diferentes discutem-nas, defendem-nas, mas, distinguem uma salutar troca de opiniões de uma troca de galhardetes de taberna. Quando se luta verdadeira, leal e desinteressadamente pelo bem comum, perder ou ganhar é uma situação que não traz vergonha ou glória a ninguém, mas o resultado de uma escolha livre daqueles que pretendemos servir.
(…)
Quero, em nome deste passado comum em defesa do futuro do nosso concelho, que sejas o primeiro a saber, por mim, e não por qualquer outro meio. Seria uma falta de respeito por ti, que não quero ter, nem tu mereces.”
(…)
A referida missiva foi enviada antes de tornar pública a sua candidatura. Hoje, dia 13 de Maio, o Rua Direita entrevistou Gabriel Costa. Esta entrevista está a ser editada e em breve estará no “ar”. Convido o leitor a visualizá-la na rubrica “Conversa da Boa”, mais para o final do dia…