Fernando Ruas aproveita pretexto da escassez da água para “arrumar” com o desconto de 20%

Vai daí, Ruas determinou o encerramento das piscinas municipais, talvez na ignorância de que a água que as enche é tratada e não renovável. E se porventura for renovável, só demonstra falta de visão da edilidade e de profícua modernidade nos seus serviços. Assim, ao encerrar as piscinas municipais vai privar centenas de utentes, maioritariamente jovens e atletas, da prática de um desporto eficaz.

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  • 15:27 | Segunda-feira, 29 de Agosto de 2022
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Em declarações ao seminário Expresso, o autarca viseense, e bem, mostrou a sua preocupação com a escassez da água. Ele e mais 307 autarcas.

Água essa que desde que tomou posse está no seu intuito privatizar, vendendo a concessão às Águas do Douro e Paiva, com as previsíveis consequências daí advindas pelo aumento do custo da vital linfa.

Vai daí, Ruas determinou o encerramento das piscinas municipais, talvez na ignorância de que a água que as enche é tratada e não renovável. E se porventura for renovável, só demonstra falta de visão da edilidade e de profícua modernidade nos seus serviços. Assim, ao encerrar as piscinas municipais vai privar centenas de utentes, maioritariamente jovens e atletas, da prática de um desporto eficaz.


 

Mas Ruas aproveita mais, com um sentido de oportunidade (ou de oportunismo?) inapelável: elimina de uma penachada o desconto de 20% sobre a tarifa das águas, em vigor devido à pandemia, que se está minorada, não está terminada. “Com esta medida, pretendemos sensibilizar todos os consumidores domésticos para uma maior racionalização e valorização da água, que é cada vez mais escassa”, justifica-se com alguma desfaçatez.

Também o “desligar” das fontes ornamentais não passa de uma mera medida “pour épater le bourgeois”, pois ao que julgamos crer, trata-se de água em cíclico circuito de reaproveitamento e não de água a verter do tubo, sem retorno…

Naturalmente que, salvaguardados os “oportunismos” e as demagogias, subscrevemos na íntegra apelos de senso comum como este feito pelo autarca: “Se cada cidadão puder colocar em prática uma pequena medida, como uma simples redução do tempo de banho, da não lavagem do seu terraço ou do reaproveitamento da água de lavagem dos legumes para rega de plantas, já estará a fazer a diferença”.

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