Eu já fui votar… e o leitor?

Sermos eleitores esclarecidos e não acéfalos e acríticos é um ponto alto da cidadania. Podermos votar em liberdade, sem constrangimentos, opressões e repressões é a dádiva da Democracia.

Texto Paulo Neto Fotografia Direitos Reservados (DR)

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  • 17:36 | Domingo, 24 de Janeiro de 2021
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Para mim, o dia de exercer o meu direito e dever de votar, é de fulcral importância e júbilo.

Faço-o desde que tal me foi consignado pela instauração da Democracia, excepção feita a um ano que falhei, com muito pesar, por me encontrar fora do país e os consulados ainda não estarem preparados para receber o voto de quem, por um motivo ou por outro, trabalho, estudo, etc., estava longe da pátria.

Hoje, bem cedo, espreitei o tempo à varanda e consultei a meteorologia no telemóvel. Não choveria. Que bom. Menos um pretexto para os indecisos.


Já há dias que estava em confinamento absoluto, sem mesmo fazer as saídas esporádicas para o necessário desentorpecimento físico e no cumprimento escrupuloso das boas normas sanitárias da DGS.

Fui votar à hora de almoço da maioria das pessoas. No “meu” velho Liceu de Viseu, secção 10. Previamente mandei o meu nº do CC e a data do meu nascimento por mensagem para o RE (Recenseamento Eleitoral) que me respondeu em 30 segundos. Prático e funcional.

No local, a fila era longa, mas ágil. Em menos de 20 minutos estava onde devia. Tudo bem sinalizado, os elementos da JF a informar as pessoas, entrei na secção depois de desinfectar as mãos, CC e esferográfica em riste. Demorei menos de 30 segundos. Agradeci à mesa, composta por esses voluntariosos e abnegados cidadãos, e saí pela parte de trás da Escola, ligeiro e sem proximidades com os outros eleitores.

Regressei a casa serenado e satisfeito comigo próprio. Satisfeito também pelo meu voto. Em consciência e liberdade, dois factores extraordinários, pena sendo que muitos não o encarem assim.

Sermos eleitores esclarecidos e não acéfalos e acríticos é um ponto alto da cidadania. Podermos votar em liberdade, sem constrangimentos, opressões e repressões é a dádiva da Democracia.

Sou um cidadão interventivo e crítico, no meu quotidiano. Entendo mal aqueles que tudo criticam e no dia de votar se eximem de o fazer. Há aqui uma profunda contradição…

Logo mais saberemos os resultados e teremos, em princípio e de acordo com as sondagens, eleito o Presidente de todos os portugueses. A Democracia funcionou e triunfou mais uma vez. E isso é um bom sinal. Para todos nós e para o país.

O próximo sufrágio será em finais de Setembro, início de Outubro, para as autárquicas. Lá estaremos, como sempre, se não surgirem imprevistos…

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