Hoje, uma colaboradora da RD mandou uma crónica com o tema centrado nos muito pobres e nos muito ricos.
Os números lá elencados são de arrepiar, em termos daqueles milhões que subvivem muitos graus abaixo do limiar da pobreza…
O mundo automóvel, esse, na necessidade de dar resposta às mais “loucas” solicitações de raros clientes, reinventa-se em busca do exclusivo, mesmo que a preços absolutamente estratosféricos.
A mítica marca Bugatti acaba de lançar o seu novo modelo. Chama-se Divo, agora um masculino másculo das outrora musas do cinema e da ópera.
Com uma cilindrada de 7.993 cm3, 16 cilindros em W, quatro turbos, debita 1.500 cavalos, anuncia os 0 aos 100 km/h em 2”4 e uma velocidade máxima de 380 kms/h.
Perfeita peça de alta joalharia, é o tipo de carro mega-exclusivo que sai em edição reduzida de 40 exemplares, todos há muito disputados e vendidos.
É evidente que a maior parte deles passará os seus dias em garagens hiper luxuosas, para o olhar desvanecido do seu feliz proprietário e invejoso dos seus convidados, com um esporádico curto passeio ao domingo e, como a bela adormecida, hibernados numa longa noite de especulação financeira.
Mas olhar para um conta quilómetros graduado até aos 500 km/h deve dar muita “pica”. Mesmo parado…
Ah, já me esquecia de um insignificante pormenor… em França cada exemplar custa a bagatela de 5 milhões de euros. Ou seja, nem as estrelas da bola se tentarão, ficando apenas ao alcance de sheiks árabes, negociantes de armas made in usa ou oligarcas russos.
Claro que o preço dos 40 “Divos”, 200 milhões de euros, poderia tirar a fome a 821 milhões de pessoas. Mas, não era a mesma coisa…
(Fotos Sport-Auto, nº705, DR)