Este ano que hoje termina foi profundamente marcado pela invasão da Ucrânia pelas tropas russas, com a mortandade de milhares de inocentes civis, destruição generalizada de um país e pelas consequências económicas que propagou a quase todo o mundo. Quase, porque há aqueles que beneficiaram colateralmente com as exportações de gás, de cereais, etc. E há também os “abutres”, os especuladores, que fazem da desgraça humana a sua lauta manjedoura, ganhando sempre com todas as convulsões.
Na velha Albion, Boris Johnson soçobrou aos seus despautérios, e Liz Truss, a primeira-ministra conservadora que lhe sucedeu, não se aguentou mais de um mês.
A extrema-direita ganhou as eleições em Itália, com Giorgia Meloni, a primeira mulher a desempenhar o cargo de primeira-ministra neste país.
A Taça do Mundo de Futebol 2022, realizada no Qatar mergulhou em sucessivos escândalos arrastando até, uma vice presidente do parlamento europeu, Eva Kaili, acusada de corrupçção, mas não sendo, infelizmente, a única.
Da China também não são boas as notícias, sendo até recorrentes desde o primeiro caso, em Wuhan, a 17 de Novembro de 2019 do Covid 19, que matou milhões de pessoas em todo o mundo, estimando-se em 18 milhões o número de vítimas e que agora, de novo, evidencia o seu recrudescimento, estando a provocar mais de 9 mil mortes/dia neste país.
Entretanto Vladimir Putin e Xi Jinping encontram-se para estreitar laços, talvez dar abraços, provavelmente assinar tratados que, certamente, serão inquietantes para a Europa e para o mundo, em geral. Talvez na próxima reunião esteja também a Coreia do Norte e o seu líder Kim Jong-un…
Por cá, com um ano de escassez de chuva e, agora, ancho em inundações, as notícias maiores são-nos dadas pelas vicissitudes deste XXIIIº Governo Constitucional, de maioria absoluta do PS, que em 9 meses de regência já vai com 12 demissões de ministros e secretários de estado, com escândalos graves à mistura, dos quais sobressaiu pelos mais negativos motivos este último da TAP. Com ele saiu Alexandra Reis, o epicentro do furacão, Pedro Nuno Santos, o super-ministro e mais três secretários de estado desta tutela. Por sua vez, Christine Ourmières-Widener, a empresária francesa chairman da transportadora, demonstra não ter entrado com o pé direito… podendo até sair em breve, com os dois pés.
Estes derradeiros dias de Dezembro trouxeram-nos ainda a morte de Pelé, um dos magos do futebol e de Bento XVI, penúltimo Papa da Igreja Católica.
Chega-se ao fim do ano com um certo alívio, fazendo esperançosos e ingénuos votos de que 2013 nos traga o apaziguamento necessário, da economia – maldita inflação! – e da pandemia, e seja, ainda, portador de sensatez política que tem faltado, por cá e pelo mundo inteiro, de onde ela tão arredada anda…
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