Em Sernancelhe, terra de Aquilino, de há anos e até 2019, o 25 de Abril festejou-se com dignidade, ênfase, festividade e grandiosidade.
Talvez fosse o concelho do país que mais realce lhe concedia, concedendo também os seus galardões aos cidadãos, locais ou nacionais que mais se distinguiam por mérito, trabalho ou envolvimento com os valores e realidades locais.
2020 e 2021 foram dois anos atípicos e de ruptura com as tradicionais cerimónias. O motivo é por demais óbvio para falar dele…
Com chuva cabonde, a bisonhice a pairar no ar, a cinza a sujar o dia, hoje não visto “farda de cerimónia”, não ponho a medalha ao peito nem o cravo na lapela e nem sequer saio de casa.
Abril faz 47 anos. Está de meia-idade, coriáceo, e apesar dos crónicos ataques, pouco se tem apoucado com os seus histéricos detractores, na sua maioria “des-hibernado” rebotalho, ressentido e odiento, em busca de protagonismo ou modo de vida.
Felizmente que a Democracia lhes permite tudo isso e lhes trouxe até a liberdade de contra ela vociferarem. O contrário do que defendem, cobrando a repressão, a opressão e até a supressão por Caxias ou Peniche, pela António Maria Cardoso ou pelo Aljube…