As eleições para a presidência dos Estados Unidos da América decorrerão no dia 8 de Novembro.
Na recta final estão a Democrata Hillary Clinton e o Republicano Donald Trump. Um deles será eleito até 2020.
O espectáculo que têm propiciado é digno do maior filme de cómico-horroroso que se conhece. E porém, é também a bizarra e paradoxal evidência de que a democracia funciona. Mas qual democracia? A dos lóbis, dos interesses, dos bilionários, ou a do povo que está na etimologia do seu conceito?
Clinton e Trump são um pouco como o Correio da Manhã. Muitos dizem que não vale um cêntimo e é o pior quotidiano português. Mas, porém, é o que mais vende.
Logo, o problema não é do produto, é do consumidor.
Nos EUA o problema é semelhante. Quando há gente a apoiar Trump, talvez um dos maiores “estercos-humanos” que ascendeu a este estatuto no elevador dos biliões herdados e consolidados, a deixar-se embalar pela mais kitsch demagogia populista jamais vista, estamos perante um caso muito sério de manipulação de um universo eleitoral maioritariamente acrítico.
Mas também quando percebermos que para ser “finalista” numa eleição para a presidência de um dos mais poderosos países do mundo basta ter milhares de milhões ganhos na especulação imobiliária, ser estrela clownesca de realities-shows, apesar de um comportamento, postura, discurso, prática de tudo aquilo que reputamos de agressão, de negativo, de lixo, apesar disso, percebemos que a democracia é há muito refém subliminarmente disfarçada, a nível global, de todos os interesses macroeconómicos, droga e armamento, inclusive, pálio que alberga as piores máfias do planeta, financeiras incluídas, que as custeiam para e depois as controlarem.
Hillary Clinton não será “uma flor de estufa”, mas ao lado de Donald Trump, parece um remake de A Bela e o Monstro, filmado nas recônditas montanhas do Rakaposhi-Haramosh, no Paquistão, com actores do Tajiquistão.
Um país onde até o FBI pode ser manipulado pelo peso dos arquimilhões, apesar de todo o seu poderio, militar, económico e político, parece ser, apenas, uma nave de loucos a gravitar perigosamente numa estratosfera perigosamente próxima da Terra.
Eventualmente com um Trump no ocidente e um Putin no oriente vamos ter uma letal “Star Trek”, todos os dias, num drive-in à nossa porta…
(fotos DR)