Putin teve em Prigozhin um cozinheiro de gabarito, que foi engordando à custa de tantas provas fazer.
Prigozhin, sob o protectorado de Putin tornou-se um oligarca de peso. Daqueles que na nova Rússia, nascem como cogumelos na caruma húmida. Embora haja quem pense, decerto por mal-intencionados, que grande parte deles são meras “cinq à sec”, verdadeiras máquinas de lavar rublos…
Uma noite sonhou-se general, marechal, almirante… e como não tinha estaleca nem escola militar que o aceitasse em alto posto, lembrou-se de criar o seu próprio exército. Se bem o pensou melhor o fez e criou o grupo Wagner, no 1º de Maio de 2014, uma sociedade militar privada, ou melhor, um exército particular de 50.000 mercenários que combateu na guerra do Donbass, na guerra civil síria e por aí fora onde houvesse um conflito que justificasse economicamente a sua intervenção, desde o Mali à Líbia até à Ucrânia.
Suspeito de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade, o grupo Wagner foi considerado desde Janeiro de 2023 organização criminosa e organização terrorista.
Mas que importou isso ao “general” Evgueni Viktorovitch Prigojine? Nada.
O resto, é o que se vê e se ouve, ninguém sabendo o grau de verdade de todas as historietas do avanço sobre Moscovo – Mussolini marchou para Roma… – tendo parado a 200 quilómetros, se calhar pelo tédio de não encontrar oposição ao seu avanço.
Vai daí fez marcha atrás e resolveu ir de férias para a Bielorússia onde pontifica outro grande amigo de Putin, o bem-mandado Aleksandr Lukashenko.
Nada será o que parece, nada parecerá o que é. Os inimigos de Putin costumam ter triste sina. Que sina terá o marechal-cozinheiro da falhada intentona?