“Criar uma Eurásia aberta, de Lisboa a Vladivostok”

Aliás e curiosamente, um dos carniceiros de Hitler, Heinrich Himmler, o Reichsführer das Schutzstaffe (SS), também acalentava esse ideal da Eurásia…

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  • 11:16 | Quinta-feira, 21 de Abril de 2022
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O PCP anda desnorteado com a questão da Ucrânia e com a cerrada e bizarra legitimação que tenta fazer a todo o custo dos criminosos actos de Putin.

Putin, um ex-comunista pouco convicto, antigo membro da tenebrosa KGB, um ultra-nacionalista assanhado, imperialista desvairado, capitalista deslumbrado, sanguinário cruel, cínico e mentiroso.

Exemplo dessa “legitimação” é António Filipe, o ex-deputado do PCP e ex vice-presidente da AR, que acerca da intervenção que hoje Zelensky fará, por vídeo conferência, na AR, tuítou com infeliz inspiração:


“Talvez alguém convide amanhã o Mário Machado para estar presente nas galerias. Os amigos são para as ocasiões.”

Por seu turno, e sobre o mesmo assunto, o PCP tornou público:

“Zelensky personifica um poder xenófobo e belicista, rodeado de forças fascistas e nazis.”

 

 

Esta tentativa de colar o legitimado presidente ucraniano a movimentos neo-nazis é também válida para os existentes movimentos desse espectro ideológico acarinhados por Putin, como o Wagner Group e o Movimento Imperial Russo (RIM), entre outros, grupos de supremacia branca de extrema-direita sedeados em São Petersburgo, classificados como “Terroristas Globais Especialmente Identificados” pelos EUA, que não têm grande autoridade para, nessa matéria, acusar quem quer que seja. Esses grupos neo-nazis, numa estranha dualidade, não são considerados pelo PCP como nocivos à democracia…

O próprio Putin, através do partido Rússia Unida, é acusado de fazer financiamentos ilegais a políticos “amigos” da extrema-direita europeia, tais como Marine Le Pen, em França, Viktor Orbán, na Hungria e Salvini, em Itália.

Em boa verdade, esta tentativa de “caução nobre” assenta num “real cínico” desvendado por Medvedev, o ex-presidente fantoche de Putin: “criar uma Eurásia aberta, de Lisboa a Vladivostok”, assim como noutros factores de cariz económico e de estratégia geopolítica.

Aliás e curiosamente, um dos carniceiros de Hitler, Heinrich Himmler, o Reichsführer das Schutzstaffe (SS), também acalentava esse ideal da Eurásia…

A História tende a repetir-se. Hitler e Himmler suicidaram-se perante a derrota final, para evitar serem capturados e enforcados como o amigo Benito Mussolini. O que sucederá a Vladimir Putin?

Quanto ao PCP, que foi um partido relevantíssimo na história política portuguesa do século XX, actos deste teor e seus sucedâneos, relegam-no para um descrédito quase total.

 

(Fotos DR)

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