Costa com a casa desarrumada

Costa parece o fulano a quem saiu a taluda no Euromilhões e que, um ano após, está falido por ter desbaratado a fortuna em regabofes e deslumbramentos mal geridos.

Tópico(s) Artigo

  • 13:06 | Segunda-feira, 30 de Janeiro de 2023
  • Ler em 2 minutos

A última sondagem da PITAGÓRICA para a TVI e CNN Portugal mostra claramente as consequências da casa desorganizada que um António Costa semi-alheado e desprendido das realidades internas do partido do qual é secretário-geral e do governo maioritário do qual é primeiro-ministro tarda em pôr na ordem.

 


O PSD ultrapassa o PS nas intenções de voto dos portugueses saturados e ofendidos por tantos, tão consecutivos e bem evitáveis escândalos internos, cansados de tanta e tão insuportável displicência na escolha de governantes oriundos do âmago de um partido que parece não ter opções para lá da escolha de “arranjistas” e “seguidistas” da oportunidade (para não escrever oportunismo) político-partidário. E ainda assim eivados de pesada mácula…

Costa parece o fulano a quem saiu a taluda no Euromilhões e que, um ano após, está falido por ter desbaratado a fortuna em regabofes e deslumbramentos mal geridos.

A extrema direita tem razões para lhe estar grata. Os portugueses têm razões para não lhe agradecer a maioria absoluta que lhe deitaram no regaço e que, tão célere, foi desbaratada.

Por outro lado, a incapacidade negocial de ministros como o da Educação, por exemplo, traz toda uma classe em pé de guerra sem fim das hostilidades à vista. Uma classe que não voltará a votar PS…

Alunos, pais, encarregados de educação não se viram contra a classe, viram-se contra a tutela. Entretanto, aqueles que têm posses, prometem levar seus filhos para o ensino privado que, em silêncio agradece a benesse caída dos céus. Será essa a intenção do ministro da Educação? Se é, tire-se-lhe o chapéu pelo maquiavelismo do acto.

Ao fim de um ano, Costa parece apostado em dar dezenas de razões para o descrédito. O presidente da República bem afirma não ter intenções de “demitir” este governo, mas a continuar assim…

Entretanto, Costa vai pelo país fora a aquietar e apaziguar os militantes, esquecendo que esses, por clubismo, lhe garantem quase sempre o voto.

Costa não está é a conseguir falar para fora do partido e, mais do que com palavras (que o vento leva), com actos cuja certeza e assertividade esteia e tranquiliza e os portugueses exigem como contrapartida do seu (volátil) voto.

Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por
Publicado em Editorial