Esta expressão do título não é minha. Utilizo-a com a devida vénia por entender que não dá resposta ao trabalho de alguns deputados pelo círculo eleitoral que os elegeu, neste caso concreto, Viseu.
Em primeira instância, um deputado deve ser a voz do seu território. Nele, território, foi a votos e nele, candidato, votaram os seus concidadãos. Concederam-lhe o superior dever de os representar e de transmitir ao governo as suas necessidades, os seus anseios, as suas carências, as suas esperanças…
Desta forma, um deputado é um precioso veio de transmissão entre o eleitor e o Parlamento onde tem assento e onde, em sede própria, deve colocar as macro questões e pugnar pela sua resolução.
Claro está que também lhe compete fazer a política partidária. Porém, esta deve ser relegada ao segundo lugar e, di-lo Rui Rio, no entendimento de que primeiro está o país, depois a politiquice e, mais do que dizê-lo, dá o exemplo, nestes tempos conturbados, do papel que deve ter um estadista de envergadura.
Claro está que Rui Rio, dentro do PSD tem tantos seguidores como detractores… se não tiver mais destes.
Ontem, 4 de Novembro, ouvimos durante um dezena de minutos o deputado João Azevedo numa lúcida intervenção na Assembleia da República. Questionou a polémica e assazmente inconsequente ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, perante o redondo falhanço das medidas sobre a redução dos custos das portagens nas scuts do interior, de tal forma que a dita, num acto de contrição e entendendo a extemporaneidade sem sustento de certas declarações, acabou por confessar: “não estou satisfeita com a medida, não podia estar satisfeita com a medida, até porque só estarei satisfeita com a medida quando a população do interior estiver satisfeita”. Atirou o barro à parede para salvar o rosto de uma declaração infeliz. Não colou…
O deputado do PSD Carlos Peixoto bem lhe retorquiu nesta matéria de redução do preço das portagens: “é pobre em ambição e rico em migalhas”.
João Azevedo, o cabeça de lista pelo distrito de Viseu foi mais longe sobre aquela que foi a decisão, reiterando-lhe: “não perca a esperança de tudo o que já fez” e lute pela “redução das portagens ou até por acabar com elas”, considerando a proposta apresentada de “curta”.
João Azevedo apelou à concretização do que falta fazer na Saúde e trouxe à liça a linha da Beira Alta e o IP3. Apelou para o Interior. Deu voz aos anseios que todos nós há muito sentimos nestas quatro áreas fulcrais: Saúde, IP3, linha férrea, redução de custos das scut’s.
Remato com um post do estimado colaborador da RD, Fernando Figueiredo: