CMV versus Berrelhas

A última polémica estoirou agora com a alegada falta de dinheiro da empresa para pagar aos trabalhadores o mês de Janeiro e para o alerta interno de que “só haveria dinheiro para gasóleo para mais 10 dias”.

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    • 16:30 | Sexta-feira, 12 de Fevereiro de 2021
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    A concessão dos transportes urbanos da autarquia viseense à empresa de transportes Berrelhas não se tem, desde o seu início, visto livre de controvérsias.

    A nível de horários e de eficácia transportadora propriamente dita, temos as redes sociais cheias de críticas de utentes.

    Mas de quem será a culpa? Do executivo camarário e do vereador do pelouro, da empresa Berrelhas, ou de ambos?


    A última polémica estoirou agora com a alegada falta de dinheiro da empresa para pagar aos trabalhadores o mês de Janeiro e para o alerta interno de que “só haveria dinheiro para gasóleo para mais 10 dias”.

    Como fundamento invoca-se uma dívida por parte da CMV de 500.000€.

    Por seu turno, o citado devedor refere nada dever. Perante duas versões tão diametralmente opostas alguém estará a fugir à verdade dos factos. Ou ambos estarão afastados dela?

    É evidente que a pandemia que nos assola gerou constrangimentos a todos os sectores de serviços. É lógico que deve haver uma reformulação de estratégias de acordo com as circunstâncias contextuais. O que não deve existir é um jogo do empurra inconclusivo no alijar das respectivas responsabilidades.

    A empresa de transportes Berrelhas quis muito esta concessão e por ela muito lutou. Estamos cientes de que não está no seu “adn” desistir facilmente perante as adversidades e render-se deitando a toalha ao tapete.

    Da parte do executivo camarário, nomeadamente do seu presidente António Almeida Henriques, na recorrente inconclusividade da sua gestão autárquica, complementada com escassez de fundos e com alguma inflexibilidade negocial, é mais crível a ausência de resposta eficaz, funcional, adequada às exigências e funcionalizações da e na tão propalada “smart city”, que afinal e pelo que se vê, só o é no papel, nos outdoors e na imprensa mais cândida e amigável.

     

     

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    Publicado em Editorial