CMV… De uma cajadada 2 coelhos

A CMV comanditada por António Almeida Henriques não deixa de surpreender quem se der ao trabalho de fazer alguma pesquisa pelos orgãos oficiais que têm de publicitar a informação, como neste caso, o Diário da República. Por ele, infra apresentado, ficamos a saber que o ARQUIVO MUNICIPAL vai ter novíssimas e decerto exemplaríssimas instalações no […]

  • 12:49 | Quinta-feira, 27 de Dezembro de 2018
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A CMV comanditada por António Almeida Henriques não deixa de surpreender quem se der ao trabalho de fazer alguma pesquisa pelos orgãos oficiais que têm de publicitar a informação, como neste caso, o Diário da República.

Por ele, infra apresentado, ficamos a saber que o ARQUIVO MUNICIPAL vai ter novíssimas e decerto exemplaríssimas instalações no local mais adequado para o efeito: A  Cave da Igreja Madre Rita, que vai ser “ADAPTADA”.
O preço base é de 720.900.00€. Uma bonita soma, convenhamos..
Provavelmente até daria para fazer uma obra de raiz ou então, adaptar uma das várias casas propriedade do Município, em degradação total ou parcial para o efeito. Vidé casa comprada na Rua do Comércio ao colega Fernando Seara, onde funcionavam as instalações da Foto Primavera, por mero exemplo e cujo fim, ao que julgo recordar, eram os SMAS. Eram?
Com esta obra neste inúsito local, Almeida Henriques dá a bondosa mão à Igreja e aos seus promotores e devotos, que nunca o esquecerão como benfeitor e, quem futuramente quiser ir estudar, investigar qualquer documento, pode muito bem aproveitar para uma prece, confissão ou recolhimento.
Nada no agir deste executivo é feito ao acaso e, muitas vezes, mais que a obra feita ou a fazer com dinheiros públicos, se tívessemos “mau pensar“, conjecturaríamos que mais importante que a obra parece ser o jeito feito, ficando todas as partes muito felizes pois, como ninguém ignora, uma cave de uma igreja, seja ela onde for — até na ermida do São Macário — é sempre o mais adequado para um serviço desta natureza, onde nem sequer os critérios ambientais (por exemplo) serão usados, como também não será ponderada uma melhor relação qualidade-preço como critério de adjudicação.

É por demais evidente que a oposição, a par disto tudo, deu a sua benção. Ou não deu? Ou se não está a par disto tudo, a pergunta de um milhão é esta: Porque é que eu estou?


 
 
 
 
 

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Publicado em Editorial