Com muita criatividade, desde que se trate de recreação e festa, Almeida Henriques e seu dilecto discípulo (?), Jorge Sobrado, cansados de promover o vinho, passaram enfim à gastronomia – é preciso “forrar” estômagos – e de sobremesa em doce lá vão dando cabo da sua rica saúdinha (colesterol, ácido úrico, diabetes…) e da saúde do erário público que e segundo o colaborador da Rua Direita, Alexandre Azevedo Pinto, já leva um raio de um rombo, o qual, e apesar de contar com “o ovo no c. da galinha” (um milhão e duzentos mil euros da nada-morta Assembleia Distrital do tempo do Ruas), já terá ultrapassado os três milhões e meio de euros.Sem obra de vulto à vista e visíveis séries sucessivas de “inconseguimentos” propagandeados na comunicação social como faustosos sucessos (o milagre de transformar a ficção em realidade, muito mais produtivo que o da multiplicação dos pães), esta rapaziada continua a deleitar-se opiparamente com os comes e bebes. Quase parecendo ser a única coisa que ainda consegue executar.
Até me permito parafrasear abusivamente o Compadre Zacarias quando afirma “É o que os portugueses melhor fazem!”. E sem dúvida, pegando no mote, Viseu anda há mais de meia dúzia de anos a viver à “tripa forra”, muito pela “sapientia” de um grande artista da propaganda, o “Sobrado-ungido-do-autarca“, capaz de conseguir edificar no papel o que na realidade mal existe.
Salvo, claro está, festivais da pinga e comezainas dionisíacas… e não são para todos! Apenas por todos pagos.
Paulo Neto