Mal o ano de 2020 se iniciava já o executivo de Almeida Henriques contraía um empréstimo bancário de 8,4 milhões de euros, com pagamento a 20 anos.
Oito meses volvidos, o executivo de Almeida Henriques aprova mais um pedido de empréstimo em reunião de 6 de Agosto, no montante de 6,4 milhões de euros com pagamento a 20 anos e para o Viseu Arena.
Viseu Arena que é uma espécie de circo, como o nome parece indicar, para realização de grandes festarolas no bom estilo do Coliseu romano, mandado edificar por Vespasiano para divertimento do povo inquieto, explorado e faminto. Pão e circo era então o lema. Qual será o de hoje?
Os vereadores socialistas presentes na reunião apodaram de “Elefante Branco” esta obra de reconversão do Pavilhão Multiusos – um mamarracho remontando ao tempo de Fernando Ruas – e votaram contra aquilo que é chamado de “investimento” e que, em escassos meses, passou dos iniciais declarados 2,5 milhões para 6,4 milhões. É (muita) obra!
Mais, a cereja em cima do bolo, a gestão do Viseu Arena será atribuída à Viseu Marca, outro “elefante branco” saído da cartola do autarca viseense, da qual a edilidade detém 48%, a AIRV presidida pelo Cotta outros 48% e Associação Comercial (?) 4%, numa interessante engenharia financeira que permite a não apresentação cabal e integral de contas.
O Viseu Arena, coliseu provinciano, para que vai servir? Para mais efémeros e adjectivos eventos, magna boda à mesa da qual se sentarão os ungidos do costume.
Endividar o município a 20 anos para reconverter uma grotesca edificação em estádio ou praça para folias e foliões é bem o único tipo de marca que Almeida Henriques deixará aos vindouros. Isso, e claro está, muitos milhões para ir pagando, inviabilizando aos sucessores a feitura das obras relevantes e essenciais que não almejou concretizar, por questionável gestão da coisa pública.
Não ficando por aqui e depois do aumento da água, virão os estacionamentos pagos por todo o lado, numa concessão a um grupo espanhol… a quem foram “vendidos” os espaços públicos que sempre foram usufruto e um direito gratuito dos viseenses e dos utentes, em geral.
A gestão autárquica de Almeida Henriques não é só nociva para os munícipes, a quem vai tirando isto e aquilo, é-o também para o PSD, enquanto maior autarquia do distrito, arrastando e conotando igualmente o partido laranja pela sua deletéria e insensata administração…
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A autarquia de Viseu e o vital empréstimo de 8,4 milhões de euros