“Se o pudéssemos fazer, educaríamos e civilizaríamos porcos, patos e vacas? Atrever-nos-íamos a estabelecer relações diplomáticas com a galinha, que funciona para nos satisfazer com o seu sentido absoluto de aperfeiçoamento? Creio que somos bens imobiliários, acessórios, gado. Creio que fazemos parte de qualquer coisa…”
Fort, C.H., O Livro dos Danados, Edições “Deux Rives”, Paris, 1955.
I.
PPC vai à mestra mostrar o TPC. Claro que o povo português o poria de castigo depois de lhe deixar as mãos negras com a “menina dos cinco olhos”. ÂM elevá-lo-á ao QH (quadro de honra, pois ando como o governo a aprender siglas). E merece. Pelo contributo na “engorda” teutónica. O problema é que Portugal já não pode nutrir mais a chanceler. Está no osso. E delgadinho.
II.
PPC e AJS lá se encontraram. Terão tomado chá e degustado pastéis de Belém.
Na OT teriam vários pontos, a saber:
O avião desaparecido em parte incerta;
O concerto cancelado pelos Rolling Stones, na Austrália;
A confirmação de Villas-Boas no Zenit;
O avião que aterrou em segurança nos EU depois de perder parte de uma asa;
A morte do bispo de Xangai;
A Toyota ter suspendido produção na Índia;
O bom senso de Oliveira Costa ao pedir a prescrição do caso BPN;
A satisfação dos produtores de ovos angolanos;
O aumento do número de alcoólicos portugueses;
A queda do crédito mal parado em Espanha;
A necessidade dos hospitais proporcionarem aos “colaboradores” contratos com casa, carro de serviço, governante, ama para as crianças e silver card para a mercearia;
A preocupação de Soares dos Santos, do Grupo Jerónimo Martins ao afirmar: “Está por cumprir o sonho de Abril. Falta-nos a liberdade.”
O último ponto, “Outros” já não terá sido abordado dado o adiantado da hora.
À saída, AJS terá afirmado não terem sido proporcionadas condições para avalizar a política do governo antes das eleições europeias. Apesar de PPC lhe ter reiterado que contaria tudo à ÂM. O que não o terá demovido, pois é um político com genica.
Visando ultrapassar este pontual impasse, terão marcado uma ceia para antes das presidenciais.
III.
“Os raios provocam a queda de pedras. Os camponeses acreditaram nas meteorites, a Ciência excluiu-as. Os camponeses acreditam nas pedras de raio, a Ciência exclui-as. É inútil sublinhar que os camponeses percorrem os campos, enquanto os sábios se encerram nos seus laboratórios e nas salas de conferência.” CHF, obra supra citada.
“Entre as tribos consideradas selvagens, os pobres de espírito são rodeados de respeitosas atenções.” (idem)