Já escrevi algumas vezes sobre o uso e o abuso da mentira política por parte de certos líderes, entre eles Trump, Bolsonaro, Benjamin Netanyahu, Putin… que são disso paradigma e evidência.
Durante o seu agónico e único mandato, Donald Trump foi não só o campeão das “petas” como também o mais vil usurpador da verdade no uso da mensagem política que adulterou totalmente a linguagem e os seus mais básicos conceitos.
Netanyahu, o líder israelita, se nas anteriores eleições usou com sucesso o vilipêndio monstruoso e mentiroso acerca do seu oponente, desta feita, ganhando as eleições de novo com a “táctica das vacinas”, perdeu a maioria e a consignada confiança dos seus concidadãos.
Putin, omite e nega. Perante verdades que o põem em cheque e à sua governação: corrupção, envenenamento, ingerência… com um ar frio e alheado, senhor do seu despótico poder “czarino”, tudo nega refinadamente remetendo para as vítimas dos seus actos o ónus das suas próprias atitudes.
Bolsonaro, agora acossado pelo regresso de Lula da Silva, histérico, conseguiu num discurso de 3 minutos introduzir 9 gravosas e descaradas mentiras.
Desta feita, Bolsonaro, alvo de um “panelaço” generalizado, fala ao país e mente com os dentes todos, num dia em que se registaram mais 3.251 mortos por Covid-19 num total próximo dos 300 mil.
Mentiras descaradas como estas:
“em nenhum momento o governo deixou de tomar medidas importantes tanto para combater o coronavírus quanto para combater o caos na economia, que poderia gerar desemprego e fome”
o Brasil é “o quinto país que mais vacinou no mundo” (está em 73º)
“em julho de 2020 foi assinado um acordo com a Universidade Oxford para produção na Fiocruz de 100 milhões de doses da vacina AstraZeneca”
“Em dezembro liberamos mais 20 mil milhões de reais, o que possibilitou a aquisição da Coronavac, através do acordo com o Instituto Butantan”
(…)
Ao agir desta forma mostra bem de que massa é feito, mas mostra mais, o pouco respeito que lhe merecem os seus compatriotas e o medo que lhe impõe o regresso ilibado de Lula da Silva, o ex-líder do PT.
(Foto DR)