Cada um vive as efemérides conforme as sente.
As autarquias, no seu pulsar colectivo, estão para além da mera individualidade dos seus representantes eleitos.
Há no distrito de Viseu uma autarquia que se destaca há anos pela forma digna como festeja o 25 de Abril: Sernancelhe.
Outras haverá que acordaram, a exemplo, para essas comemorações. Vale mais tarde….
Mas há outras que continuam a enfermar da mesma virose que estrutura e define os seus autarcas.
E nelas, o evento não serve para festejar o sucedido, mas para alardear pessoalmente o executivo.
Qualquer actividade é, na sua essência, para vender a imagem do “activista”.
Pernicioso modo de auto promoção com os dinheiros públicos.
“Gentinha” que passa o mandato a vender a própria imagem, muito ciente que os actos não são suficientes e carecem da alavanca da propaganda.
Mas o pior mesmo é quando se faz a festa, se trazem artistas e se fica com a maioria dos bilhetes para os tornar em convites para os amigalhaços…
Aqui, há duas fatais irregularidades: comprar com o dinheiro de todos para fazer festa para alguns.
Esta é a cartilha fundamental da “gentinha”.
“Gentinha” que envergonha a maioria dos 24 autarcas do distrito que luta afanosamente pela obra pública e dignificação dos seus munícipes.
Em Sernancelhe concedeu-se a Medalha de Honra a um “lutador” por todos reconhecido: Dom Manuel Martins, Bispo Emérito de Setúbal que, decerto, não aceitaria a homenagem se vinda das mãos de alguns propagandistas de banha da cobra de 3ª categoria.