Aquilino Gomes Ribeiro, 27/05/1963 – 27/05/2022

Agora, o que faz prementíssima falta é a atenção e o apoio do Ministério da Cultura para “salvação” da Casa de Soutosa, hoje Fundação Aquilino Ribeiro e com esse indispensável apoio dinamizar aquele “santuário literário” e dele fazer um centro irradiador de Cultura dos três concelhos.

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  • 12:13 | Sexta-feira, 27 de Maio de 2022
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Cumprem-se hoje 59 anos da data de falecimento do escritor das Terras do Demo.

O último decénio tem sido pródigo em reedições da sua obra, pela fiel parceira Bertrand e pelas autarquias do “triângulo virtuoso” que compõem as Terras do Demo: Sernancelhe onde nasceu no Carregal; Vila Nova de Paiva onde foi baptizado  nos Alhais e Moimenta da Beira, onde tem em Soutosa aquela que foi sua casa de vilegiatura e é hoje a Fundação Aquilino Ribeiro (FAR).

Mas todas estas mais que merecidas homenagens são insuficientes. Há que continuar na porfia da merecida memória da vida e obra do Mestre. Aquela, um exemplo de coerência vivencial em tornos dos valores democráticos e de liberdade, esta, enquanto legado inestimável da Literatura Portuguesa.


Dizia um autarca do distrito que “a maior homenagem que se pode fazer a Aquilino é ler as suas obras”. Outro acrescentava “se a Beira Alta tivesse rosto, seria o de Aquilino Ribeiro.” Perfeitamente de acordo com estas duas asserções.

Sernancelhe reeditou em parceria com a Bertrand “Cinco Réis de Gente”. Vai reeditar este ano “Estrada de Santiago”, no centenário desta obra. Moimenta da Beira reeditou “O Homem da Nave”; Vila Nova de Paiva reeditou “O Malhadinhas”, as três autarquias juntas, sob a égide da FAR reeditaram no seu centenário “Terras do Demo”. E outros mais virão…

A câmara de Sernancelhe publica a revista literária monotemática “aquilino”, tendo para breve a saída do seu Vº número, que desta feita se apresentará em BD para aceder a um público mais jovem e nele incutir o gosto por Aquilino.

Agora, o que faz prementíssima falta é a atenção e o apoio do Ministério da Cultura para “salvação” da Casa de Soutosa, hoje Fundação Aquilino Ribeiro e com esse indispensável apoio dinamizar aquele “santuário literário” e dele fazer um centro irradiador de Cultura dos três concelhos.

Hoje, os autarcas de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva, respectivamente, Paulo Figueiredo, Carlos Silva Santiago e Paulo Marques, diligentes e empenhados, cientes da riqueza patrimonial que têm em mãos e é posse dos três municípios, deram um passo importante: congregaram esforços e unidos tentam encontrar soluções para a viabilização económica da FAR.

O ministro da Cultura foi por eles convidado a vir conhecer in situ esta realidade sob alçada da sua abrangente responsabilidade. Esperamos que o convite seja aceite e dessa visita saia o futuro renovado e merecido da FAR.

Isso sim, seria homenagear Aquilino e das palavras circunstanciais passar aos actos que verdadeiramente têm um mais forte e poderoso significado.

 

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