Almeida Henriques, Sobrado & Viseu Marca

Na sequência da sua intervenção, o vereador Sobrado, “manda-chuva” da Viseu Marca onde pontifica a esposa Bárbara (affaire de famille?), veio apodar de discurso de “crocodilo” as palavras de Baila Antunes.

Texto Paulo Neto Fotografia Direitos Reservados (DR)

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  • 13:34 | Sexta-feira, 21 de Agosto de 2020
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Já todos percebemos que a Viseu Marca é um dos calcanhares de Aquiles deste executivo camarário.

Começamos a entender que um dia chegará em que será feita uma séria auditoria a esta estranha empresa público-privada, detida em 48% pela CMV, 48% pela AIRV e 4% pela ssociação Comercial do Distrito de Viseu (ACDV), para clarificar aquilo que esta específica estrutura societária impede de escrutinar.

Um dia também se pedirão contas à AIRV e à Associação Comercial do Distrito de Viseu (ACDV). E Já agora, quanto custou a “quota” desta última? Quanto pagou pelos 4%? Porque detém 4% desta empresa?


Um dia também isto será esclarecido para que as pessoas não fiquem a pensar que assim foi para engendrar uma “engenharia financeira” proveitosa. Para quem?

O deputado da oposição Pedro Baila Antunes, na última reunião do executivo, trouxe o assunto Viseu Marca à discussão. Segue a intervenção:

“Paulatinamente…, a Viseu Marca tem vindo a alargar recursos, competências e poderes no universo do Município de Viseu. Entre outros exemplos, refira-se a sua intervenção no Viseu Compr’Aqui e no Viseu Ajuda ou a futura gestão do Viseu Arena.

Há outros factos que evidenciam esta ascensão e “ascendência…” da Viseu Marca sobre o Município de Viseu. A Divisão de Comunicação, Informação, Protocolo e Relações Externas, com 7 trabalhadores, na mesma área de atuação da Viseu Marca, foi transferida para o Pavilhão Multiusos, “paredes meias” com a Viseu Marca.

Relembre-se que a Divisão de Comunicação e a Viseu Marca partilham o mesmo vereador do pelouro e diretor: Jorge Sobrado; cuja Mulher coordena a Viseu Marca.

Com uma única exceção, as 20 Divisões da nova estrutura orgânica dos serviços municipais da câmara de Viseu têm chefe de divisão reconduzido na sua comissão de serviço ou em regime de substituição, aguardando-se o resultado de concurso. A exceção é… a Divisão de Comunicação, que tem como coordenadora uma ex-estagiária da Viseu Marca. Contratada há menos de 4 anos pelo Município, não reúne os requisitos para um concurso de direção Intermédia de 2.º grau (/chefia de divisão).

A Viseu Marca era suposto ser uma associação de marketing territorial e de branding de Viseu, que visava promover a marca da cidade e do Concelho, incluindo a promoção e divulgação de certames e ações nas áreas de publicidade e marketing, tendo ainda a responsabilidade de organizar e gerir financeiramente diversas feiras e eventos, incluindo o maior “acontecimento” municipal anual na cidade de Viseu: a Feira de São Mateus (orçamento próximo de 2 milhões de euros).

A Viseu Marca – Associação de Cultura, Eventos e Promoção foi criada em 2016 pelo Executivo PSD de Almeida Henriques. O Município de Viseu detém 48%, entrando no seu perímetro de consolidação de contas. Participam ainda no capital da Viseu Marca a Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV) com 48% e a Associação Comercial do Distrito de Viseu com 4%.

Aos vereadores do PS não tem sido possível realizar o escrutínio político cabal da Viseu Marca.

Saliente-se ainda que a Viseu Marca não é obrigada a seguir as exigências da contratação pública. Os vereadores da oposição já apresentaram um requerimento ao Executivo PSD – não atendido – para que lhes fosse concedido um poder de escrutínio similar à contratação pública.”

Na sequência da sua intervenção, o vereador Sobrado, “manda-chuva” da Viseu Marca onde pontifica a esposa Bárbara (affaire de famille?), veio apodar de discurso de “crocodilo” as palavras de Baila Antunes.

Logo seguido de Almeida Henriques (Dupont & Dupond?) a chamar a oposição de “cucos”.

Pelos vistos, muito fauna por ali abunda, nesse jardim zoológico de retórica “pires”, do qual o fino verniz adrede estala deixando ver os princípios, educação, elevação e respeito democrático deste “par de jarros” (para dar algum espaço à flora).

Talvez outro que não o civilizado Pedro Baila Antunes, em defesa de sua honra e à moda antiga, chamasse o vereador Sobrado cá fora e longe da vista e dos ouvidos resolvesse o assunto à Ramalho. Talvez.

Entretanto, no desvairo de fim de linha, atordoados com a auto inépcia e a crescente reprovação dos munícipes críticos (que não dos “agamelados”), os derradeiros estertores estão à vista, também pela emergência daquilo que sempre esteve mal tapado… a indisfarçável boçalidade da “gentinha”.

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