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Paulo Neto
Porfiado como Sísifo, o nosso “colega” Almeida Henriques, todas as terças-feiras volta à carga no seu tablóide de excepção, o CM.
Desta feita, fala dos “acordos”, muito secretamente agastado porque o líder do seu partido que ele não apoiou, Rui Rio, selou com um “aperto-de-mão” a António Costa, não compromissos, mas entendimentos sobre possíveis visões comuns, acerca da descentralização e dos fundos europeus.
O peditório do costume. Almeida Henriques quer a descentralização, para, enfim, aceder à massa e, urgentemente, aos “cacaus” comunitários.
Esta melopeia da desgraça, quase catastrofista, tem subjacente a constatação de que, até ao presente, andou a esbanjar dinheiro sem fazer obra e que agora, para lá de metade do tempo passado sobre os 10 anos que pediu para mudar Viseu, carece imperiosamente de “guito” para fazer alguma coisinha que se veja, antes de deixar a pasta ao delfim-sucessor, Jorge Sobrado.
“Os interesses nacionais têm de estar acima da tática do dia-a-dia”, escreve o cronista. E nós, em pleno acordo, acrescentamos “Até os municipais…!”
“O Orçamento do Estado converteu-se num puro espartilho, com travões múltiplos à despesa e ao investimento, incluindo os municipais.” E nós escreveríamos mais: “Ainda bem! Pois esbanjar os dinheiros ao “deus-dará” em pândegas e parlapatonices sem sentido, como tão bem o sabe fazer, carece mesmo de um apertado “espartilho”, pois há quem, além da festança tenha os olhos numa visão social da governança. Que nunca lhe vimos, a si, caro “colega de croniquetas”.
Receba a minha renovada estima, até à próxima terça-feira,
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