Desde a última vez em que o autarca viseense falou ao seu estimado luso auditório, do aconchego cálido do lar, sentado na sua fauteuil estilo Luís XIV, já todos sentíamos a falta prementíssima das suas assisadas palavras, do seu ânimo sempre tão estimulante, da certeza reconfortante de o saber connosco.
Hoje, falou ao país do parque da sua tão querida Viseu Marca, a tal que não conta a história contabilística toda, tendo sido para o efeito impedidos os automóveis de aí estacionar para dar espaço ao protagonista no seu mais amplo ecoar.
Tocou a pandeireta, acorrerarm os do costume e toca de filmar para sair em horário nobre a sua magna proclamação.
Falou de saúde, de testes, do CHTV, etc., etc.
Estranhamente, nesta sofreguidão de se auto projectar, parece ser porta-voz de instituições que nada a ver têm com a CMV, talvez numa arteirice sorrateira de falar dos outros para evitar que falem de si…
Aliás, é sempre boa estratégia política desviar as atenções da nossa leira e ir plantar os nabos na leira alheia.
Coerente consigo próprio, foi bonito de ver, dando o exemplo às multidões insubordinadas, a falar de longe para os atarantados e cordatos repórteres, que afanoso uso tiveram que dar ao zoom…
De onde será a próxima comunicação ao país? Talvez do coruto de um carvalho, ali para a zona semi-abandonada da Aguieira, ou a bordo de uma jangada, sob as odorosas águas do Pavia.
Estamos ansiosos.