Almeida Henriques e o Sol (ou tal Rei Sol)…

António Almeida Henriques escreve as suas crónicas no CM, dá as suas “big news” e desabafos a dois periódicos locais e, esta semana, dá a grande entrevista do regime ao semanário Sol. Quanto terá custado ou irá custar esta longa entrevista de 6 páginas? A ver vamos… provavelmente foi de borla pois o jornal do […]

  • 20:47 | Sábado, 02 de Março de 2019
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António Almeida Henriques escreve as suas crónicas no CM, dá as suas “big news” e desabafos a dois periódicos locais e, esta semana, dá a grande entrevista do regime ao semanário Sol.

Quanto terá custado ou irá custar esta longa entrevista de 6 páginas? A ver vamos… provavelmente foi de borla pois o jornal do JA Saraiva não é desses.
Almeida Henriques tem uma natural predileção por certo tipo de jornais e de meios de comunicação, em geral, não estando certos pasquins muito desfocados da sua mira. O que, claro está, não é o caso.
Nesta longa conversa da treta, onde esperávamos encontrar algo de factualmente novo e verosímil (já nem escrevemos original e verdadeiro), deparámos com o habitual arrazoado de lamúrias, amnésicas afirmações e recuos para diante, consciente que deve estar de quão acrítica e acéfala é a maioria dos seus leitores.
A esta entrevista voltaremos a seu tempo. Hoje ficamo-nos pela capa: 1ª página, banda de topo:

PORTUGAL É MISERÁVEL. NÃO HÁ COMBOIOS ENTRE LISBOA E VISEU.


Em letras garrafais, ao lado direito da sua imagem em pose de estado – que não tem—e ao lado do logo tipo do jornal, que nem um chefe de Estado… faz estas duas afirmações.
A um autarca que já foi deputado e já teve responsabilidades governativas – felizmente breves – fica muito mal chamar o seu País de MISERÁVEL.
Aceitemos que saiba do que fala, pois dos seus quase 60 anos de vida tem mais de metade na vida política. E aceitamos ainda que para tal possa ter dado o seu eficaz contributo.
Inquestionável verdade, de La Palisse, é a asserção seguinte na qual enfatiza não haver comboios entre Lisboa e Viseu.
Todos o lamentamos, não temos é a lata de o imputarmos a A, B ou C. Mas podíamos tê-la… pois entre os Governos Constitucionais desde o 25 de Abril, o seu partido, enquanto PPD, AD ou PSD, esteve na governação metade do tempo.
Dos presidentes da Câmara Municipal de Viseu eleitos depois do 25 de Abril, pelo menos do PSD foram António Costa Vidal (3 anos), Fernando Ruas (24 anos) e Almeida Henriques (7 anos). Ou seja, se só foram estes do PSD, houve 34 anos de poder autárquico laranja em 44.
Os outros presidentes, Leal Loureiro, Moreira Amorim, António Caessa, Francisco Pimentel e Engrácia Carrilho estiveram 7 anos em funções. De 75 a 77 terá havido, pensamos, uma qualquer comissão instaladora, como foi comum na altura.
Por isso, a quem quer Almeida Henriques imputar o “miserabilismo” do seu País? A quem quer ele imputar uma falta que todos os viseenses sentem, quando os seus correligionários locais ocuparam durante 34 anos a cadeira do Rossio?
Por vezes, este homem age como um insensato, actua como um actor de opereta e parece, nestas ocasiões, ter perdido o sentido da Verdade e o sentido da conveniência, além de desrespeitar todos quantos não são uns idiotas desmemoriados e têm bem presente a realidade dos factos.
O resto… é ficção de 3ª qualidade, forma onde ele gloriosamente se afirma, acaudilhado pelo seu profeta Sobrado.
E já agora, uma afirmação nossa:

“HÁ COMBOIOS ENTRE MANGUALDE E VISEU”.

Porque será?
 

(Foto DR e com a devida vénia…)

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Publicado em Editorial