Almeida Henriques anda em campanha. Não sabemos bem por que causa, mas eventualmente pelas legislativas de 6 de Outubro, sem Fernando Ruas, ou pelas autárquicas de 2021.
É bonito de ver no púlpito de uma igreja a falar para os fiéis. Já o tínhamos visto antes na Capela das Aparições, em Fátima e em quase todas as igrejas e capelas do concelho. Agora, anda de braço dado com o abade de circunstância ou a distribuir chapéus amarelinhos da autarquia, decerto por ele pagos, às inúmeros cabeças que, sacrificadas, se sujeitam à impiedosa canícula da peregrinação ou romaria.
Sempre tivemos a ideia de que o autarca viseense se enganara na carreira, com a piedosa devoção de que dá possantes provas, teríamos ali um bom cónego da Sé, ou, alternativamente, um excelente diácono de Abraveses.
E quem haveria de dizer que até o homem da propaganda, o delfim Sobrado, se haveria de tornar fiel de Santa Eufémia?
Quanto aos padres na política, como as mulheres, deveriam passar a ter quota nas listas, do tipo, um homem, uma mulher, um padre, um homem, uma mulher, um padre… Assim, faziam a coisa às claras e teríamos uma mudança de púlpito sufragada e não de “sufragadores” mais ou menos tímidos e/ou envergonhados.
Também Hélder Amaral, do CDS-PP se tornou devoto da Nª Senhora da Lapa. Estas vocações, se tardias, são sempre bem vindas. E quão bonito é de o ver a trilhar aquele planalto, de medalhada cruz ao peito…
Já os socialistas, no seu minguado rebanho, saem mais pela noute e assim, acautelados das agruras soalheiras, lá vão penosamente a caminho da vitória, na via dolorosa das pisadas do “bispo de Resende”, com um sorriso tristonho, apesar das sondagens, com um ar de “tem que ser” que até aflige. Valham-lhes umas farturinhas ou uns churros deliciosos e retemperantes da vitalidade perdida…
Paulo Neto