Como o gato maltês, desta vez, não sabemos se tocou piano, mas falou francês. Pour épater le bourgeois, on croit…
As Terras do Demo muito sofreram e sofrem. Sáfaras outrora, exploradas hoje pelos escreventes da política.
No toque pingão e choroso de sempre, lá vem ele com o chavão tão bem-adaptado ao tablóide que o publica, o CM, afirmar: “Em 20 anos foram praticamente 100 as vidas ceifadas no IP3”.
E infelizmente tem toda a razão. Contudo, tarda na descoberta da pólvora seca, ele, um utente que foi efémero governante, muitos anos deputado e mais umas coisas, que o levavam a circular semanalmente, durante anos, naquela fatídica via…
Fala nos “inconseguimentos” parafraseando a sua companheira de partido Assunção Esteves que passou para a história breve desta humanidade comesinha pelo neologismo inventado. A tal que enquanto presidente da Assembleia da República exonerou o seu assessor-director de campanha- assessor da Assembleia da República, quando tomou conhecimento das múltiplas funções que o dito, de sobrenome Sobrado desempenhava, não dando para as encomendas…
Almeida Henriques chorou até aqui lágrimas bogalhudas pelo IP3, agarrando o varal do trem mediático à chegada da estação. Nunca as chorou enquanto por lá estiveram os seus correligionários que nada fizeram, pois se a obra está por fazer…?
É Costa, foi Sócrates, foi Passos Coelho – ele até esquece a ordem diacrónica. Uns malandrecos que só souberam fazer promessas ao crédulo povo que os elegeu.
Está por isso como nós, viseenses, fartos de ludíbrios prometidos e a adoptar a céptica e sensata atitude de S. Tomé, que quer ver para crer, agora que o Governo anunciou o “desatar do nagalho”.
Todavia e perante os factos, o edil do nada feito, logo se lembrou que faltava ainda a “ligação ferroviária Aveiro/Viseu/Salamanca”. Decerto que sim. Talvez a causa maior do “flop” “2017 Ano Oficial de Visitar Viseu”… E que chatice, a falta de limpeza das matas também o preocupa. Olhe, meu caro, passe ali pela Aguieira e na parte em que é responsável tire umas fotografias à indiligência a que está votada. Mas dou-lhe mais uma dúzia de exemplos de terrenos camarários e privados, urbanos, votados à incúria formando um enorme paiol na melhor cidade para viver. É só pedir…
Enfim, o déjà vu costumeiro de quem nunca lobrigou o orgalho no próprio olho e escreve estas deslumbrantes ficções para atarantar o pagode.