Estranhos casos que se vão sucedendo com este executivo e, como um fogo furioso, alastrando à sua volta e tudo em redor queimando.
Desta feita tocou a vez ao comandante da Polícia Municipal, o comissário Diogo Tomé Soares Duarte, colocado ao comando da Polícia Municipal de Viseu em, 10 de setembro de 2014, que foi afastado do cargo, com efeitos imediatos, a 23 de Julho do presente.
Tanto mais nos surpreende esta atitude quanto no Diário da República n.º 107/2018, Série II de 2018-06-05, o Município de Viseu, lavrou ao referido o louvor nº 223/2018, onde lhe são tecidos os mais entusiásticos encómios.
Louvor n.º 223/2018
O Comissário Diogo Tomé Soares Duarte, colocado ao comando da Polícia Municipal de Viseu em, 10 de setembro de 2014, procurou, desde o primeiro momento, restruturar o serviço sob a sua responsabilidade, levando a mudanças físicas e procedimentais, que se revelaram benéficas, produtivas, e um exemplo de práticas a seguir.
A criação da figura de secção de trânsito, delimitada fisicamente, com funcionários específicos e operacionalizada de acordo com diretivas e procedimentos concretos, levou a uma melhoria significativa da gestão administrativa das contraordenações de trânsito, lavradas em auto pela Polícia Municipal, na sua área geográfica de intervenção.
Também da sua responsabilidade, foi a instituição da prática de tiro policial regular dos agentes municipais daquela unidade.
Oficial disciplinado e disciplinador, procurou melhorar a imagem da Polícia Municipal perante a sociedade, sendo que uma das mais visíveis e palpáveis missões desenvolvidas neste âmbito, foi a organização da operação massiva de recolha de viaturas abandonadas na cidade de Viseu. Esta intervenção, com cerca de ano e meio de atividade, permitiu retirar das ruas da cidade e do concelho de Viseu, cerca de 500 viaturas em estado de abandono, revelando-se uma operação muito benéfica em termos ambientais e de imagem positiva da autarquia perante o cidadão.
O Comissário Diogo Duarte revelou-se, disponível e respeitador, merecendo ser distinguido com o presente louvor e que os seus serviços sejam considerados de elevado mérito.
Assim, louvo o Sr. Comissário n.º M/149872 – Diogo Tomé Soares Duarte, Comandante da Polícia Municipal de Viseu, pelo elevado profissionalismo, dedicação, disponibilidade e entusiasmo, no desempenho das funções que estão à sua responsabilidade.
5 de janeiro de 2018. – O Presidente da Câmara Municipal de Viseu, António Joaquim Almeida Henriques.
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Como sempre, Almeida Henriques não dá explicações das suas atitudes e decisões. A autocracia, porém, se recorrente, pode ter custos graves, não sendo as pessoas um pisca-pisca intermitente, ora bestiais ora bestas. Ademais, uma exoneração/demissão/afastamento deste tipo, de um oficial superior no activo da PSP, em regime de destacamento na Polícia Municipal, tem custos dramáticos e irreversíveis para a carreira futura de Diogo Duarte.
Por isso, das duas uma, ou algo de muito irregularmente grave se passou para e assim pôr de rastos a carreira de um oficial superior da PSP ou, alguém do tipo (ascendente) género senhor Jorge Sobrado acordou mal-disposto, pegou-se com Diogo Soares e foi fazer queixa ao “chefe”, o qual, com a docilidade de um “anho”, poderá ter sentido as suas “dores” despedindo o Comandante.
A ambiguidade das atitudes abre campo às conjecturas. O Rua Direita deixa aqui a sua solidariedade a Diogo Soares.
Paulo Neto