Claro que não há como começar bem uma terça-feira enevoada, com a bica matinal e a “palestra” semanal do autarca viseense, Almeida Henriques, no estimável CM, à mão de semear na mesa do café.
O nosso autarca inspira-se nos grandes programas televisivos. Provavelmente no Big Brother, a Casa-não-sei-de-quantos e a Supernanny. Nada que nos admire. Um homem, ao fim de um profícuo dia inteiro passado a despachar e a decidir sobre as próximas pândegas a realizar, precisa de um merecido repouso e diversão. A vida não pode ser só trabalho.
E como sempre, fala o dito do que bem sabe, pela muita experiência adquirida em quase 4 décadas de política activa. Ou talvez mais, pois é muito possível que já a exercesse ainda no Ciclo Preparatório…
Pois que a Supernanny, em vez de entrar casa adentro das “famílias ingovernáveis”, segundo o cronista, “teria uma enorme vantagem se fosse realizada não nas famílias portuguesas, mas no Governo.”
Magnífica e luminosa sugestão deste diletante das Letras, neste item, meu colega. E como entre colegas deve haver franqueza, pergunto-lhe eu: E que tal se a Supernanny entrasse na Câmara Municipal de Viseu, mormente no seu gabinete, ó colega?
E acabo parafraseando-o, com cabal pertinência pegando na sua sugestão: “Não faria mal nenhum ao país que milhões de portugueses vigiassem o comportamento de governantes que lidam mal com compromissos, regras e rotinas.”
Pois não, nem a Viseu e aos milhares de viseenses…