O MUAP é o Movimento de Utentes das Águas do Planalto.
As Águas do Planalto são a entidade que abastece Tondela, Mortágua, Santa Comba Dão, Carregal do Sal e Tábua. Segundo o MUAP o preço das águas abastecidas está em 2º lugar nos preços de águas, a nível nacional. O que é considerado escandaloso. As contas são questionadas. A polémica instalou-se.
http://muapaguasplanalto.blogspot.pt/
Com a mudança de mãos da direcção da CIM o Planalto Beirão ficou quase exclusivamente nas mãos do PS. O que mudou entretanto e em consequência?
Sabe-se que o actual responsável do Planalto Beirão, o autarca de Tábua, que preside ao CD abaixo referenciado, pediu uma auditoria às contas. A uma empresa de renome internacional, a Deloitte, Audit, Consulting & Financial Advisory.
Conselho Directivo:
Presidente – Mário Almeida Loureiro, Presidente da Câmara Municipal de Tábua – PS
Vogal – Leonel José Antunes Gouveia, Presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão – PS
Vogal – Rogério Mota Abrantes, Presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal – PS
Vogal – José António Gomes de Jesus, Presidente da Câmara Municipal de Tondela – PSD
Vogal – José Júlio Henriques Norte, Presidente da Câmara Municipal de Mortágua – PS
De acordo com o site as Águas do Planalto são detidas a 100% pela AQUAPOR, que apresenta o seguinte organograma:
Os seus Orgãos Sociais são:
Mesa da Assembleia Geral:
Presidente: Gaspar Barbosa;
Secretário: Susana Daniela Simões Braga.
Conselho de Administração:
Presidente: Diogo Manuel Faria de Oliveira;
Vogais: José António Ferreira dos Santos; Narciso Antero Santinha Matias.
Orgão de Fiscalização:
Ernst & Young representado por João Carlos Miguel Alves
Suplente: Rui Abel Serra Martins
Segundo eles próprios, é esta a sua História:
|
Entretanto, chegou-nos às mãos o documento/moção que segue, oriundo do MUAP:
MOÇÃO
“A água é um bem essencial. O acesso ao seu consumo é um direito de todos.
Não pode, por isso, seu objeto de lucro fácil nem de negócios escandalosos, fruto da promiscuidade entre os negócios e a política, em completo desrespeito pelos interesses dos consumidores.
No nosso concelho – Tondela – e a par dos concelhos de Carregal do Sal, Mortágua, S. Comba Dão e Tábua, paga-se a água a preços ímpares, que são consequência de negligentes acordos assinados entre a empresa concessionária e a Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão (AMRPB).
Ainda na vigência de um primeiro contrato, e a 5 anos do seu termo, foi assinada, em 2007, uma adenda que prolongou o contrato inicial até ao ano 2027, com cláusulas e regalias apontadas todas no mesmo sentido – o lucro chorudo e fácil para a concessionária Águas do Planalto, em que os deveres são, integralmente, assumidos pelos munícipes e consumidores, sem que os seus representantes legais – câmaras e assembleia municipais – tenham sido ouvidos!
Além disso, e como seria imperativo, não houve qualquer concurso público!
E não fossem as primeiras tentativas de denúncia desta “concordata”, aquela concessionária preparava-se para ir ainda mais longe, na expetativa de aumentar os seus, já escandalosos, lucros – tentou negociar uma nova cláusula que lhe permitiria gerir o tratamento do saneamento e águas residuais!
Estamos, assim, perante um verdadeiro atentado às limitações dos direitos dos cidadãos que, num mercado sem concorrência, se vêm amarrados a um contrato que os obriga a pagarem, mesmo que não consumam água, taxas que não têm comparação na região nem no país!
E tudo isto porque o poder político, que nunca esclareceu as verdadeiras motivações deste negócio, se desviou, por completo, da sua missão enquanto reserva dos interesses dos seus representados!
Mas, mais estranho do que possa parecer, são as posições, ou ausência delas, que a nova geração de alguns autarcas responsáveis dos 5 municípios teimam em manter, quer pelo silêncio, quer pela passividade e, ainda, por certos gestos de verdadeira anuência, quando mostram a vontade de condenar algumas concessões sobreviventes, entregando-as, de mão beijada, aos mesmos interesses financeiros!
Assim, e considerando que:
E ainda que,
Os cidadãos de Carregal do Sal, Mortágua, S. Comba Dão, Tábua e Tondela, reunidos em plenário, no Auditório Municipal de Tondela, no dia 6 de dezembro de 2014, decidem:
Tondela, 6 de dezembro de 2014″
……………………………………………………
Perante esta polémica, qual a atitude dos órgãos competentes?
Ficará o MUAP sem resposta?
De que lado estará a razão?
Este negócio, ao que é referido, mexe com milhões de euros. Quem o entregou/vendeu/negociou com a empresa detentora da concessão?
Porquê?
Se a água é um bem público, porque não é directamente explorada pelos municípios ou, na sua incapacidade, por instituição que os represente, acautelando os primordiais interesses dos utentes?
Muita pergunta há a pairar. Quem dá as respostas?