Águas de Viseu… o derradeiro ouro da autarquia?

Se já havia queixas sobre o disparo inexplicável dos preços, agora também e face a uma recente determinação, gerou-se a indignação:

Texto Paulo Neto Fotografia Direitos Reservados (DR)

Tópico(s) Artigo

  • 20:55 | Quinta-feira, 02 de Abril de 2020
  • Ler em 2 minutos

Tem sido recorrente a indignação dos utentes, munícipes do concelho de Viseu, por causa da água que consomem.

Se já havia queixas sobre o disparo inexplicável dos preços, agora também e face a uma recente determinação, gerou-se a indignação:

“No âmbito da gestão das redes de saneamento básico e sustentabilidade do tratamento de águas residuais, todos os utentes que não têm consumo de água passam a ter um consumo presumido correspondente a família equivalente, pois estão a utilizar o sistema de tratamento de águas residuais sem qualquer pagamento. Estima-se que estarão cerca de 5.000 consumidores nestas circunstâncias.”

Segundo leitores devidamente identificados trata-se de uma eventual “golpada camarária… paga quem usa água da rede e paga quem não usa… a taxa de águas residuais é uma falácia… para meter a mão no bolso do munícipe… isto não vai acabar aqui…”. Veja-se por exemplo o caso de um munícipe que por um metro cúbico de água paga quase 12 euros. É obra. Terão sido as “taxas e as taxinhas” do Costa com que o autarca enchia a boca que inflacionaram a factura?


Ou “Os apoios solidários do Município de Viseu às famílias durante estes tempos difíceis começaram a chegar. 10m3 em Março de 2019, custaram 23,65€, os mesmos 10m3 durante a pandemia, em Março de 2020 custam 26,00€.

10% de aumento e isto antes de se sentir o efeito do aumento dos consumos que a permanência em casa obrigatoriamente vai trazer às famílias.”

Se não é novidade a Câmara Municipal de Viseu estar com constrangimentos económicos graves, anteriores à crise que agora poderão invocar gerada pela pandemia, se ninguém ignora que tiveram que recorrer a um empréstimo bancário urgente de 8,4 milhões de euros para alegadas 20 obras, o que como justificação “cheira a esturro”, se foram aos SMAS buscar 1 milhão, quando a boa gestão determinaria pôr lá dinheiro para custos de manutenção, renovação e outros… natural é que, gastos milhões em megalómana auto promoção sem retorno, em “toneladas” de festas sem retorno, em vastas pseudo-“culturalices” sem retorno, agora que as torneiras comunitárias só se abrirão para salvar a economia nacional, apoiando a indústria, o comércio, a agricultura, a pecuária, etc., provendo os serviços essenciais como o SNS com meios adequados às circunstâncias… este executivo camarário irá fazer os derradeiros quilómetros da há muito iniciada travessia do deserto, até 2021, quando a vontade popular ditará a sua força e os seus anseios.

 

Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por
Publicado em Editorial