A oposição PS de Viseu

É por vezes "gloriosamente ridícula" a oposição PS à câmara de Viseu. Se umas vezes quase acreditamos que fazem o trabalho de casa, outras pensamos que andam pelo Rossio a ver passar os navios.

  • 11:04 | Terça-feira, 19 de Novembro de 2019
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É por vezes “gloriosamente ridícula” a oposição PS à câmara de Viseu. Se umas vezes quase acreditamos que fazem o trabalho de casa, outras pensamos que andam pelo Rossio a ver passar os navios.

Até acreditamos que se sintam desmotivados, pois cada vez que abrem a boca, o autarca-mor, de “heresiarcas” para cima os apoda, e daí,  talvez tementes a Deus, receosos de magna excomunhão pelo Pontífice da edilidade, muito dado até a coisas mais próprias de sacristão aplicado que a conteúdos funcionais autárquicos, sentir-se-ão inibidos ou até incomodados com o retorno agressivo e assanhado do insigne senhor das vírias locais.

Felizmente ainda têm cá fora quem lhes dê ânimo e garanta o tpc, pois cidadãos empenhados como o Fernando Figueiredo, o Alexandre Azevedo Pinto e outros mais não têm faltado com ajuda.


Não conheço autarquia que mais motivos dê para ser com eles confrontados em sede própria. A oposição PS, atenta às redes sociais, não deixa de aproveitar a cidadania de alguns para mostrar basicamente o seu empenho.

Antes assim. Pior fora nada fazerem que serem câmara de eco de quem sente realmente os problemas da cidade e os desvairos de um autarca que parece megalómano nas palavras e pobrinho na eficácia dos actos em prol dos seus munícipes.

Vem aí outra festividade. Mais tinto no branco. Mais Cabo Verde a retribuir aos de lá, cá e com o dinheiro dos contribuintes, a festarola por lá feita. Até Viegas deve meter, que é homem de saber e muita cultura, agora dado aos livros.

Da Viseu Marca e falta de prestação cabal das contas, também não há novidades.

Elas também são parcas no tocante à relação societária dessa PPP, com os 48% da CMV, 48% da AIRV e 4% talvez do CERV, numa possível engenharia financeira fundamental para não prestar contas, mas péssima para a exigível transparência das contas públicas envolvidas, que agora também vão pagar os devaneios da autarquia, provavelmente com escassa verba para estas “trampolineirices” de fazer fretes aos companheiros das pândegas.

O Cota Rebelo como big boss da Viseu Marca, já põe a AIRV a financiar a CMV? Não acreditamos. Ninguém acredita e perguntar não ofende. Muito menos se for uma pergunta feita pela oposição PS local…

Também podiam perguntar porque está vedado com barreiras da Viseu Marca, desde o fim da dita Feira Franca, que já não o é, o espaço de estacionamento junto ao funicular e ao Fórum… provavelmente as moscas são boas clientes. Ou então – que “heresia”! –  já estarão a preparar o caminho para a “espanholização” de parte de Viseu à Saba SA, a quem venderam os estacionamentos por umas décadas a troco de uns cobres para festins…

E à Assembleia Municipal que na sua maioria laranja tudo aprova de cruz sob a bênção do patriarca Faria? Alguém pergunta o que quer que seja? A eles que são co-responsáveis de/em tudo?

O último a atrever-se, o deputado municipal Gonçalo Ginestal, mal perguntou/afirmou, logo levou com a promessa de um processo em cima. Uma boa resposta para quem não tem resposta. Intimidar para calar. Ainda por cima não gastarão dinheiro com advogados…

E já agora, alguém sabe novidades sobre aquela bizarra relação entre Almeida Henriques e um famoso empresário da nossa praça, que ele diz  quase não conhecer?

Ou aquele caso estranho com o ex-presidente ou ainda presidente  de um clube local, proprietário de uma empresa de limpezas, que lhe viu serem adjudicados os serviços pela autarquia, numa elevada quantia e em ajuste directo, ao mesmo tempo que exerce as condignas funções de deputado municipal?

Enfim… nem sei já que mais escreva… Até o problema MUV/Berrelhas vs. União de Sátão & Aguiar da Beira, que meteu providência cautelar e mais não sei o quê?

Até a umas boas questões sobre a central de biomassa de Cavernães e a construção dos ecopontos para recolha de resíduos para um privado, em nome da segurança das populações?

Até ao Vissaium XXI e aos 4, 9 milhões de euros para por em marcha um novo “empreendimento de desenvolvimento regional” quase a lembrar a defunta e misteriosa Lusitânia, há relativamente pouco tempo extinta na AIRV…?

Pois é caros deputados da oposição, até me podem responder porque não vou eu para político, e teriam toda a razão para colocar tal questão. Como eu teria o direito a responder-vos parafraseando um célebre inglês: “Tenho todas as qualidades, mas faltam-me os defeitos…”. E não insinuo com isto que vossências só tenham os defeitos…

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