Vieram a lume novas (?) notícias sobre a “Operação Marquês”.
Segundo elas, Joaquim Barroca, um dos administradores e donos do Grupo Lena, “terá sido o autor das várias transferências para as contas bancárias de Carlos Santos Silva, na Suíça”.
Ler aqui…
Outro diário refere que o Grupo Lena teve diversos concursos adjudicados no âmbito do Parque Escolar e PPP Rodoviárias.
Ler aqui…
e ainda aqui…
Entretanto e por mera associação de ideias, sem qualquer nexo causal ou de efeito para além disso, ocorreu-nos quão pequeno é o mundo, recordando aqui aquele dia de Junho de 2011, aquando da aquisição pela quantia simbólica de 1 Euro, da empresa detentora do Jornal do Centro, nas instalações do Grupo Lena Comunicações, em Leiria, legalmente representado por Francisco Manuel Gameiro Rebelo dos Santos e Ângela Gil. Estávamos lá.
O mesmo Francisco Manuel Gameiro Rebelo dos Santos que em 21/01/2014 compra 20% do mesmo jornal à massa falida de O Centro – Produção e Edição de Conteúdos, Lda, (?) ora propriedade de um empresário da cidade.
Recorde-se que aquele, residente em Leiria, entre outras empresas, era à data sócio-gerente da Bom Senso Edições e Aconselhamento do Mercado, Lda.; presidente do conselho de administração de Mais Um Século, SA; vogal do conselho de administração da Lena Comunicações, SGPS; vogal do conselho de administração do LEIRIAPONTOCOM, SA; gerente da Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda.; gerente do Media On Comunicação Social, Lda.; gerente do Editorial Jornal da Bairrada, Lda., e ainda vogal do conselho de administração da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista. Em suma, um homem influente da comunicação social regional e nacional, com ligações também do passado ou ainda presente ao Jornal i. Logo, uma mais-valia para Viseu e para a Informação local.
Os outros dois sócios da Legenda Transparente, Lda., actual empresa detentora do título, são o empresário João Rebelo Cota, presidente da direcção do CERV, presidente da assembleia-geral da AIRV, presidente do conselho-geral do IPV e vice-presidente da assembleia municipal de Viseu, pelo PSD e o número dois da vereação socialista na CMV, João Paulo Rebelo, que terão comprado o título — não a empresa falida — por uma referida quantia em torno das três dezenas de milhares de euros, que terá sido natural e integralmente liquidada à massa falida da empresa insolvente, pensamos nós.
O mundo empresarial é complicado e não é para todos. Estas vendas e estas compras têm o seu quê de sui generis, principalmente quando vendedores de anteontem, de 100%, por 1 €, se tornam compradores de ontem, de 20%, por 6.000,00 € (?), ou seja seis mil vezes mais e por apenas 1/5.
Esta valorização e interesse dizem-nos que a nossa direcção daquele órgão de comunicação social, apesar da má gerência a que fomos sujeitos e totalmente alheios, o tornou bastante apetecível e muito valorizado.
Mas isto são assuntos que não têm destaque nem relevo. Apenas bizarrias do mundo árduo e difícil dos negócios. E só nos ocorreu por tanto se ouvir hoje falar no reputado Grupo Lena, uma das empresas âncora (como agora se diz) da região de Leiria.