Este governo de António Costa, esta maioria absoluta assemelha-se, pela sucessão de escusadas e evitáveis controvérsias a um Estado Maior composto por um general cansado, meia dúzia de frouxos capitães e duas dezenas de revoltosas praças.
“O fraco rei faz fraca a forte gente.” Escreveu com acerto o vate Camões. Mas, aqui, neste exacto contexto, reescreveríamos: A fraca gente faz fraco o forte rei…
É esta a imagem que passa para a opinião pública. A de um governante que julgamos hábil, rodeado de inábeis, de carreiristas da política, de políticos de integridade duvidosa, de conflituosos desordeiros, de narcisistas imaturos, de homens de Estado irresponsáveis.
Este pelotão, perante um hipotético muro de fuzilamento, dispara rajadas que ricocheteiam perigosamente sobre os próprios atiradores.
Soldados rasos, gentinha anónima daquela que se bamboleia pelos bastidores do poder acaba por ter a força suficiente para derrubar ministros, pôr em conflito aberto os poderes institucionais, colocar a cabeça do primeiro-ministro numa bandeja para ser servida no chá das 5 em Belém.
E de tal forma que fazem esquecer o verdadeiro e vital rumo da política, os assuntos fulcrais, os problemas económicos, a inflação asfixiante, as duras dificuldades que se enfrentam, a especulação generalizada, a crise na Educação, as falhas na Saúde et al…
Tal desconserto, põe este XXIII Governo Constitucional na “corda bamba” ou no constante “fio da navalha”, não por factores exógenos, mas sim pelas discórdias e desavenças constantemente irrompidas do seu próprio seio.