A CIM Viseu Dão Lafões e a de sempre cupidez dos mesmos…

    Em fevereiro de 2015 escrevi a crónica infra. Em 2017, a cupidez do mesmo autarca criou um “incidente” que exigiu a intervenção da CCDR C para sua resolução, afastando da presidência o amigo com quem se passeava de braço dado nos eventos vínicos do Mercado 2 de Maio, José Morgado, presidente da Câmara […]

  • 12:38 | Quinta-feira, 01 de Fevereiro de 2018
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Em fevereiro de 2015 escrevi a crónica infra. Em 2017, a cupidez do mesmo autarca criou um “incidente” que exigiu a intervenção da CCDR C para sua resolução, afastando da presidência o amigo com quem se passeava de braço dado nos eventos vínicos do Mercado 2 de Maio, José Morgado, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva, que foi a escolha de seus pares, e por Almeida Henriques tão acintosamente contestado…

Achámos curial ir ao arquivo buscar este texto para avivar memórias curtas e bem percebermos o quilate dos protagonistas de sempre. Aqui fica…


 
 
 

 De derrota em derrota

O caso AH – CIM é paradigmático da postura mantida pelo autarca de Viseu face aos concelhos do distrito e, nomeadamente, perante os 14 municípios integradores da Comunidade Viseu Dão Lafões.
Já é conhecido pelo “autarca-eucalipto”, no seu afã insaciável de secar tudo em seu redor, sem olhar a meios e num aparente desrespeito pela ética e pelos seus congéneres.
Retrocedendo alguns meses, todos temos presente o desejo feroz e ilegítimo de AH em ser presidente da CIM. Mesmo contando apenas com o apoio de 5 em 14 autarquias (hoje seriam 4… pois decerto Tondela lhe viraria costas!).
João Azevedo, presidente do município de Mangualde e à época presidente da Federação distrital do PS, recusou o que AH tanto almejava e, a direcção eleita passa a ser: José Morgado – Vila N. Paiva; Fernando Carneiro – Castro Daire e António Jesus – Tondela. Também no Planalto Beirão as coisas não correram de feição, com Mário Loureiro – Tábua; Leonel Gouveia- S. Comba Dão; Rogério Abrantes – Carregal do Sal; António Jesus – Tondela e José Norte – Mortágua.
Esperneando, barafustando, ameaçando com o tribunal Administrativo, AH, vencido mas não convencido, sintonizou-se em estado de hibernação, a cozer sua refluente ira.
Com Cota à cabeça, tenta ainda e ao menos a presidência da Assembleia da CIM. Fruto de uma estratégia gizada entre o PS e o CDS, o empresário da Controlvet foi derrotado por Acácio Pinto, do PS.
Os meses passam-se. AH quer a todo o custo tirar a sede da CIM de Tondela. Para o efeito, a Assembleia Distrital cede o espaço da Casa do Adro, em Viseu. Estabelece os seus contactos. Constrói as suas pontes. José Morgado, inicialmente mostra-se sensibilizado para esta mudança. Talvez a ADDLAP tenha tido alguma influência nesse pendor.
Já este ano, realiza-se uma reunião de autarcas socialistas integrantes da CIM. A tese da mudança é liminarmente chumbada. Porém, aceitam as instalações, numa excelente faena que fez soar o passo doble. Aguiar da Beira e o seu presidente, o independente Joaquim Bonifácio, está com esta decisão.
Agora, na reunião geral, AH ficou a saber que só há dois autarcas favoráveis à deslocalização da sede de Tondela para Viseu: ele próprio e Alexandre Vaz, do Sátão. São Pedro do Sul absteve-se, o que é sempre uma cómoda posição.
Se as relações entre Ruas e Marta eram tensas, as agora estabelecidas entre AH e Jesus tensas são. AH ao tentar trazer a CIM para Viseu, não percebeu – ou se percebeu, foi-lhe indiferente – que tal acto geraria uma desconfortável derrota política do seu correligionário António Jesus, também vice-presidente da distrital do PSD. Estranhamente, os dois votos favoráveis à mudança tinham cor laranja, tendo essa derrota política sido impedida, pelos autarcas rosa, num acto solidário.
É caso para dizer que com amigos como AH, ninguém precisa de inimigos para nada…

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Publicado em Editorial