Nada do que se passou esta semana nos EUA, na sede da Democracia, no Capitólio, colhe uma explicação racional e objectiva.
A turbamulta acéfala inflamada por um perigoso pirómano terrorista, composta de elementos variados, mas com a comum ideia do radicalismo fundamentalista que tanto perseguem mundo fora, naturalmente vitaminados pelos filmes tipo “rambo”, foi semear a desordem, o pânico, a morte a coberto dos inputs do seu líder, Donald Trump.
Abandonado pelos seus pares, na Casa Branca e no partido político que representa, o Republicano, em vias de ser destituído e substituído até à tomada de posse pelo número 2, Mike Pence, perante uma “acção de despejo” da Casa Branca pelas forças da ordem, face à crítica mundial de todos os líderes (excepção do seu discípulo Jair Bolsonaro, que já aproveitou a onda para fazer as ameaças de rufião), perante o crescimento exponencial da pandemia e face ao brutal número de infectados, consciente (?) de que se arrastava penosamente na lama e enfim apercebido de que o país não é o seu campo de golfe privado, veio Trump condenar a violência que acicatou, apodar de terroristas os seus seguidores, falar de Democracia em risco no país.
É preciso ter lata…
Se não fosse trágico, seria de uma comicidade alarve. E porém, não nos esqueçamos dos seguidores que em Portugal, na cegueira populista do ódio e da irracionalidade trauliteira, afirmavam…
(Foto DR)