2017 /2018: Já fez o seu deve e haver?

    2017 chega ao seu fim. Já todos vimos, ouvimos e lemos dezenas de balanços feitos a quanto se passou por esse mundo e por este nosso país fora. Quem morreu, quais as polémicas, os cataclismos, as catástrofes, os êxitos e os insucessos, a mulher do ano, o homem do ano, o maior desportista […]

  • 15:42 | Sábado, 30 de Dezembro de 2017
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2017 chega ao seu fim. Já todos vimos, ouvimos e lemos dezenas de balanços feitos a quanto se passou por esse mundo e por este nosso país fora. Quem morreu, quais as polémicas, os cataclismos, as catástrofes, os êxitos e os insucessos, a mulher do ano, o homem do ano, o maior desportista e o pior, o pior político e o melhor, etc.
E nas nossas vidas pessoais, atrevemo-nos a fazer o deve e o haver do feito e do que ficou por fazer? Das venturas e desventuras? Da harmonia e do conflito? Das divergências e das convergências? Do alcançado e do inalcançado? Dos afectos e dos ódios? …
Provavelmente haverá invejáveis pessoas cuja vida decorre num tranquilo e inalterado fluir, sem alterações de monta, ano após ano. Abençoadas…
Cá pelos meus lados, cada ano é uma constante luta, com permanentes mudanças, objectivos distintos, estratégias novas para os alcançar, inconformismo, recusa do establishment, não aceitação de facilitismos, novas polémicas, pouca paz de espírito e sonho, muito sonho.
Talvez esta última ideia seja a mais agradável. A de ainda manter a capacidade de sonhar. Sonhar com gente melhor, menos hipócritas, pessoas leais, sérias, honestas, capazes de errar mas não buscando o erro do oportunismo facilitador, desassombrados e críticos…
E em contraponto, cada ano se vê por aí mais gente pior, mais tartufa, traidora, refalsada, corrupta, agamelada.
E desta gentinha, alcateia de fariseus e corifeus pontificando por aí, tudo há a esperar…
O meu 2017 foi pródigo em acção, em movimento e em decisão. Ganhei mais amigos e mais inimigos. Estreitei laços com companheiros sinceros e deslacei-me dos insinceros. Penso, com algumas dúvidas sempre possíveis, que nesta minha anónima e humilde existência, fiz o que devia. Não estou de mal comigo e isso basta-me. Também não menti, não roubei, não matei. Num mundo de mendazes loroteiros que fazem da falácia enxada, já é uma quase ousadia. Esta aurea mediocritas de uma carteira leve feita, também não me trouxe inquietações… Ainda não me rendi como muitos patranheiros por aí pululantes.
E para 2018? Já tracei algumas metas. De certo tenho a persistência desta Rua Direita, cada vez com mais leitores, logo, com mais responsabilidade. Daqui os saúdo e lhes agradeço. Também agradeço e muito aos colaboradores, entendendo até aqueles que se vão afastando… por vicissitudes várias, inclusive “falta de inspiração”, desacordo, cobardia.
Tenho o “meu” Aquilino para continuar a estudar, a divulgar, a transmitir como exemplo de uma vida coesa e coerente, de luta pela liberdade e de genialidade enquanto Escritor.
Tirar muitas fotografias e aperfeiçoar-me nesta difícil e criativa arte.
Fazer duas ou três viagens, permanentemente adiadas.
E mais duas ou três ideias que não cabem, por ora, aqui…
Desejo ainda gerir e gerar afectos com quantos mos merecem e reforçá-los com aqueles que nunca os desmereceram. Ser mais selectivo nas minhas relações e mais “bicho” na minha parca sociabilidade.
Assim a saúde não me falte, a memória não me fuja, o ânimo não me abandone e a persistência me assista.
Para todos Vós desejo as possíveis Venturas, a Saúde ideal, a Prosperidade necessária, a Crítica contumaz e… a capacidade/competência de dizer não aos trauliteiros que juncam os carreirais e que por aí vão.
Um forte Abraço, meus Amigos! E um excelente 2018!

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Publicado em Editorial