Aquilino Ribeiro, o rosto da Beira (como um dia disse, e bem, um autarca local) foi toda a sua vida um opositor aos regimes totalitários, repressivos e exploradores do Povo.
Das suas prisões aos seus três exílios lavrava-se um longo filme do seu admirador Manoel de Oliveira… infelizmente não concretizado.
Convicto anti-salazarista, apoiou o general Norton de Matos em 1949 e volta a apoiar o general Humberto Delgado em 1958.
É nesse último momento que escreve uma “cândida” carta aos padres, a qual, pela sua actualidade merece uma reflexão, hoje que é dia dela.
Aqui vo-la deixo na íntegra, por cortesia de seu neto, Aquilino Ribeiro Machado, sem quaisquer comentários…
“a imobilidade de um país“; “a oneração tributária que esmaga o contribuinte pobre em contraste flagrante com os grandes plutocratas que beneficiam de todas as facilidades e liberalizações fiscais e económicas…”; “não procedam à laia dos abades dos velhos tempos que conduziam os seus fregueses às urnas como carneiros…”
Que escreveu afinal Aquilino de estranho?