How come?
padecer de mau hábito de estar constante tempo a descortinar, cimentar enganos sobre outras gentes, às vezes...
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Beatriz Magnório
O som de uma guitarra afinada,
De contemplar,
a distinção de gentes que,
não deixar que fuja à memória
You can’t judge a book by its cover,
padecer de mau hábito de estar constante tempo a descortinar,
cimentar enganos sobre outras gentes, às vezes,
somente, porque,
Credos,
Às vezes, uma Triste Pena,
súbita, pelo mundo,
tornando mais ácida e
insana a sede,
sede de dilúvio,
mas se aguço o ouvido,
o que é que não foi dito?
as frutas,
os legumes,
poderiam falar? dizer alguma coisa? fazer-me sentir alguma emoção?
a semente de abóbora, a aveludada seara ou a incorporada chia depois de posta em água durante um determinado tempo,
esses que foram jogados de imediato para dentro do recipiente,
na manhã de um dia que podia ser qualquer uma,
com anexo de lâmina, ia então desfazê-los,
tiveram eles tempo de pesar seu intento antes de dançarem em volta,
do falecimento da sua estrutura sólida?
Um dia voltarás, alguma coisa voltará,
mas adormeci elevando uma percentagem de horas,
o que terei acordado nelas? Um sonho nómada,
ou macabro
por safadez, não sei,
o inconsciente tão desperto de si.
