A metamorfose ou o lugar de além/os pelotões de cabisbaixos
Há sins fatais que geram o "decapitio" ou perda total do orgão, não ao impacto único da lâmina, mas ao peso do jugo imposto pelo cangote. Reerguê-la é um esforço inglório, porque lassas as cervicais, súbito e inesperado cedem, tombam ou recidivem. Há exércitos de cabisbaixos.
“Trair é sair da fila” (M.Kundera)
i) A fila é o carneirismo. A traição, a recusa. Os ângulos de visão determinam a sintaxe, reescrevendo a frase e alterando a semântica num acto de apropriação do sentido, por vezes do sentir, frequentemente só do senso.
A linearidade é o paradigma sem surpresas. Descaída, em fuga, escorregando, a linha de ruptura, obliqua, move o eixo e cria, sintagmática, a transgressão.
Também a transgressão, o ir ao além de, é uma traição. Às normas, ao estabelecido, ao comummente aceite. À regra, por vezes princípio moral (des)conforme aos bons costumes.
ii) O movimento da cabeça a acenar um não, requer mais esforço que o sim da cerviz baixa. Questão de gravidade, a cabeça pende e anui. Há sins fatais que geram o “decapitio” ou perda total do orgão, não ao impacto único da lâmina, mas ao peso do jugo imposto pelo cangote. Reerguê-la é um esforço inglório, porque lassas as cervicais, súbito e inesperado cedem, tombam ou recidivem. Há exércitos de cabisbaixos.
iii) Bom dia.