A inefável e preciosa ministra da Justiça anda numa azarada maré política. Do malfadado Citius à aberrante reforma judicial, passando pelas acusações infundadas de cabalas várias… tudo lhe bate à porta.
Nas funções que desempenha, uma “argolada” é de mais; duas são um exagero; três são reincidência anormal mas… quatro?!
Desta feita e na mira desta sniper estão os advogados eleitos pelo poder local, vereadores camarários, da assembleia municipal, etc.
Tal investida consta do projecto de Estatutos da Ordem dos Advogados que Paula da Cruz elaborou e apresentou para aprovação em Conselho de Ministros.
A Ordem dos Advogados já reagiu exigindo a imediata demissão da ministra, o que, no nosso humilde parecer e face às inúmeras asneiras cometidas, já devia ter acontecido há muito.
Esquece-se que um advogado não recebe como, por exemplo, membro de uma assembleia municipal… e que vive do exercício da sua profissão… sendo pacífico e louvável que um vereador de um executivo camarário, pago pelas funções e para obviar a conflitos de interesses, não deva exercer qualquer outra actividade durante o exercício autárquico. Assim como qualquer engenheiro, economista, arquitecto, empresário, comerciante… e etc… Ou então não devem manter negócios colaterais com o poder local. Lógico, não é?
A Assembleia Municipal de Viseu tem destes exemplos, sendo o mais grave o de empresários que têm diversos negócios de centenas de milhares de euros com a autarquia que representam e vários contratos ganhos. Há dúvidas? Vamos ao Portal …
Mas mais grave, muito mais grave é tal projecto de estatutos não contemplar os advogados deputados da Assembleia da República, que auferem o seu salário, votam leis, têm os seus escritórios cá fora e a sua clientela, muita dela que os busca por serem advogados-deputados… E que deveriam estar em regime de total EXCLUSIVIDADE.
Assim, uma lei que e se bem feita, podia ser um louvável passo, torna-se numa iníqua e cega perseguição sectorial.
É triste e lamentável que esta ministra pareça ceder ao lóbi dos colegas do poder central, mais próximos, e vá atacar apenas e parcialmente o poder local, numa falta de isenção estranha e num aparente mas não provável desconhecimento factual justificativo de todo o alcance da medida.
Ou seja, enquanto sniper, dispara a torto e a esmo, mas mantém os reais alvos atrás de si…
Com tantas argoladas parece o símbolo olímpico… mas vai continuar o seu caminho do Calvário porque o boss, arrogante e casmurro, determina sua cruz… acobertando-a com a imunidade dos impunes.
(foto DR)