António Costa ao proibir a circulação de veículos anteriores a 2000 em Lisboa, a pretexto do combate à poluição, está a ignorar um factor determinante: 100 mil veículos que entram e saem diariamente da capital têm mais de 15 anos. E naturalmente que têm mais de 15 anos porque os “tugas” gostam de andar em automóveis “velhos”, deliram com os impostos brutais que oneram os carros novos — dos mais caros da Europa — e adoram os seus “chaços” pré-clássicos, sombreados com a “patine” de década e meia.
A lei entrou em vigor no dia 15 de Janeiro e além da fiscalização exercida pela PSP e Polícia Municipal, haverá camaras montadas nos semáforos. As multas são pesadas e oscilam entre os 24,94 e os 124,70 €.
O ACP considera a medida “avulsa e demagógica” e acrescenta “só os transportes públicos poluem mais que todos os automóveis juntos”. Remata acusando o executivo de “ignorante”.
Pela nossa parte também não compreendemos muito bem esta medida e consideramo-la absurdamente discricionária, pois lesa quem não tem posses em detrimento dos mais “folgados”. E que mais não fosse para ajuizar da sua “insensibilidade”, bastava olhar para a maioria dos táxis lisboetas, que já não são os saudosos “matateus”, mas são os olímpicos “fogareiros”, alguns com vários milhões de quilómetros no seu mais que quarteirão de anos de bons serviços prestados aos utentes da cidade.
Entretanto e já que estamos com a mão na massa é legítimo que nos congratulemos com os novos três modelos que virão ser montados em Palmela, na Autoeuropa passando assim de três a seis modelos. É uma vitória e o reconhecimento do mérito empresarial e capacidade tecnológica desta empresa, uma riqueza para a região e para Portugal e uma imensa mais-valia para as centenas de PME’s que gravitam em seu torno. Grande VW!
Devemos também lamentar que o Grupo PSA Peugeot Citröen, sedeado em Mangualde acabe de rescindir o contrato com 80 colaboradores. Apesar das dificuldades da marca, parcialmente recém adquirida pelos chineses, os dois modelos comerciais montados em Mangualde são dos mais vendidos. É um rude golpe para a economia local com o significado explícito de deixar oitenta famílias numa situação de carência extrema…
António Ramalho, o presidente da Estradas de Portugal acha que a introdução de pórticos nas autoestradas foi “um erro” (Aleluia!) e acrescenta “haver uma enorme preocupação em encontrar um novo modelo”. E o que lhes vale ainda são as cobranças coercivas e inconstitucionais feitas pela Autoridade Tributária, que passou a ser uma espécie de “cobradora de fraque” de empresas privadas como, entre outras, a Ascendi e a Brisa… Estranho país este!
E para remate, como não podia deixar de ser, o barril de petróleo a descer e o preço do combustível a aumentar, claramente demonstrado por esta situação: em fins de 2014 a diferença de preço do litro de gasolina entre Portugal e a Espanha era de 6 cêntimos. Hoje é de 17 cêntimos. Vão lá roubar para uma esquina!