Hoje, mais uma notícia acerca de Marques Mendes informava que ele e José Maria Ricciardi são administradores da Coporgest, uma imobiliária do Grupo Espírito Santo.
Normal… Luís Marques Mendes, o ex-presidente da Comissão Política do PSD, o ex-deputado por Braga, por Aveiro e por Viana do Castelo, o consultor jurídico da Efacec, o presidente do grupo parlamentar do PSD, o presidente do conselho de administração da Ensino (Universidade Atlântica), o administrador executivo da Nutroton Energias (Tondela), o secretário de Estado-adjunto do Ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, o Ministro-adjunto do Iº Ministro, o Ministro dos Assuntos Parlamentares, o porta-voz de Cavaco Silva, o sócio da Abreus Advogados, o membro do Conselho de Estado, o comendador agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, por Cavaco Silva, o comentador de xis estações de TV, o escritor, o empresário que esteve ligado à Tecnoforma, à CPPC, a uma empresa de um tipo que está preso por causa dos vistos Gold, ligado a tudo o que mexe e bule, membro do CA de “ene” empresas públicas e privadas… porque não pode Luís Marques Mendes ser ainda administrador da Coporgest, do GES?
Só alguém mal-formado, deformado, mal-intencionado ou algum maoísta mal-sublimado do tipo JPP pode ver nesta plural actividade algo de absurdo e freneticamente impossível… há gente que tem dias de 72 horas e pode fazer o que quiser e bem entender do seu rico tempinho… Entendidos?
Eu, por exemplo, leio, faço crochet, arraiolos e passeio o Argos (o meu velho companheiro Labrador). É a vida! Cada um para o que nasce.
Marques Mendes andará cansado. Isso aceita-se, é verosímil, é natural. Mais tarde ou mais cedo, a sua energia e vitalidade ressentir-se-ão de tanta labuta. É verdade. Até já andará um bocadinho desmemoriado. Quem não andaria?
Agora… o mal de inveja, convenhamos, é terrível tormento de almas vis e medíocres, ruindade até capaz de consumir, chupar e sumir um apossado de tal peçonha.
Marques Mendes quase parece administrar Portugal de lés-a-lés (e Madeira). De homens desta dimensão (não escrevi tamanho) precisa o país. Bastavam uns dez e a “chafarica” não estaria vendida aos angolanos & chineses & colombianos, antes seríamos já e de novo donos de Timor, Moçambique, Guiné, Goa, Damão, Diu, Brasil, e já agora… Cabo Verde, onde ainda encontraríamos amigos, conselheiros e benfeitores da Pátria.
Andaríamos agora a comprar Golds no Oriente em vez de os andar a vender no Ocidente… Essa é qué é essa!
(foto DR)