Os Facilitadores…

  “Os Facilitadores“… é o título do novo livro do jornalista Gustavo Sampaio editado pel’A Esfera dos Livros” e corre o risco de se tornar um sucesso, como aliás o é, ainda, o seu anterior livro “Os Privilegiados“, que já vai na 8ª edição. O sub-título de “Os Facilitadores” elucida-nos acerca da essência do conteúdo: […]

  • 0:02 | Terça-feira, 14 de Outubro de 2014
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Os Facilitadores“… é o título do novo livro do jornalista Gustavo Sampaio editado pel’A Esfera dos Livros” e corre o risco de se tornar um sucesso, como aliás o é, ainda, o seu anterior livro “Os Privilegiados“, que já vai na 8ª edição.
O sub-título de “Os Facilitadores” elucida-nos acerca da essência do conteúdo: “Como a política e os negócios se entrecruzam nas Sociedades de Advogados“.
Os Facilitadores serão pois aqueles que tornam o difícil em fácil, os que negoceiam facilidades, uma espécie parecida às alcoviteiras, tão velhas como a mais antiga profissão do mundo e tão bem descritas, com tanta mordaz ironia, pelo nosso maior dramaturgo de sempre, Gil Vicente, (Brízida Vaz, Auto da Barca do Inferno) tão recuado no tempo como moderno nos temas. O antónimo de Dificultadores… que também os há. Aliás, embora soe estranho, são adjuvantes dos outros… e só na aparência oponentes.
Apenas de notas explicativas minúsculas apresenta-nos 15 páginas mais um índice remissivo de 19 páginas onde aparece, também, rapaziada de Viseu, de Tondela (com fartura), de Oliveira de Frades, de Aguiar da Beira, etc. Desde arraia-miúda, os “chega-me isso“, a ex-ministros e secretários de estado, empresários de sucesso, etc…
Ainda não tive tempo de ler as suas 388 páginas (chegou-me hoje…) mas a dimensão da náusea, se fosse aferida ao peso já excederia os 388 quilos. Um quilo por página.
O leitor permite-me um conselho? Compre e leia. Ficará mais esclarecido sobre alguns dos “nossos” políticos; sobre o modo de agir de muitas empresas públicas e privadas e sobre o papel das tais sociedades em toda esta caldeirada.
É mau de mais, mas é verdade… Pelo menos, os factos aí constantes ainda não foram desmentidos.
E sabe o que é mais tristemente interessante? É que alguns – sabe-se lá por quem – foram guindados ao estatuto de “opinion makers” nacionais, tendo todo o tempo de antena para debitar mega bits de “verdades” tóxicas e manipular a opinião pública a gosto e encomenda dos “mandantes”. Tenebroso, mas… nutro, perdão, nutritivo.

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